Milhões de mulheres em todo o mundo continuam sem diagnóstico ou tratamento da dor crónica

29 de Maio 2020

No Dia Mundial da Saúde da Mulher que se assinalou ontem, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) alertou para a prevalência da dor crónica nas mulheres sem “tratamento adequado”. A maioria destas dores surge do stress psicossocial e de infecções ou doenças causadas pela gravidez.

A presidente da APED, Ana Pedro, afirma que neste dia “é fundamental compreender que existe uma necessidade urgente no acesso ao tratamento e gestão da dor das mulheres para que estas possam melhorar a sua saúde e qualidade de vida”. Entre os tipos de dor que afeta o dia a dia das mulheres destaca-se a dor ginecológica.

De acordo com os especialistas estas dores podem explicar-se por “mudanças hormonais cíclicas, alterações durante a gravidez, o stress psicossocial, outras modificações durante e depois da gravidez e os ajustes que ocorrem durante a menopausa”.

Os profissionais garantem ainda que a “maioria destas dores são fisiológicas e surgem na sequência da própria gravidez. Mas outras dores podem ser patológicas e desencadeadas por infeções ou doenças causadas, ou não, pela gravidez. As dores mais habituais são as cefaleias, dor na parte inferior do abdómen ou virilhas, dor de costas, dor e mal-estar nas pernas e nos pés, dor mamária e dor uterina”.

A APED quer promover o estudo, ensino e divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor em Portugal, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela International Association for the Study of Pain e pela Organização Mundial de Saúde.

HN / Vaishaly Camões

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