Tijani Muhammad-Bande, citado pela agência AP, realçou durante uma conferência de imprensa que espera anunciar durante as próximas duas semanas de que forma os 193 chefes de Estado e governantes vão fazer os seus discursos sobre questões locais e globais durante a Assembleia Geral da ONU em finais de setembro.
“Os líderes mundiais não poderão ir a Nova Iorque, pois eles não podem simplesmente deslocar-se sozinhos”, explicou.
E acrescentou que “um Presidente não viaja sozinho” e que “é impossível” acolher grandes delegações nos Estados Unidos durante a pandemia.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, recomendou no mês passado que o encontro de líderes mundiais, que iria celebrar o 75.º aniversário das Nações Unidas, deveria ser drasticamente reduzido devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.
O antigo primeiro-ministro português sugeriu, numa carta ao presidente da Assembleia Geral, que os chefes de Estado e governantes deveriam entregar mensagens pré-gravadas, com a presença no salão da assembleia do organismo de apenas um diplomata de cada um dos 193 países membros da ONU em Nova Iorque.
Tijani Muhammad-Bande disse na segunda-feira que em finais de setembro “talvez cerca de 100 pessoas” possam ser permitidas naquele espaço.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 404 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (110.771) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,9 milhões).
Em Portugal, morreram 1.485 pessoas das 34.885 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.
LUSA/HN
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