Segundo dados oficiais, o número total de casos de Covid-19 na Rússia atingiu 485.253, incluindo 6.142 mortes.
O país permanece em terceiro lugar no mundo em número de contaminações.
Nas últimas 24 horas, o país registou 8.595 novos casos, um número estável por mais de três semanas e 171 novas mortes.
A capital Moscovo continua a ser o epicentro da epidemia, com quase metade do número de mortes, mesmo que as contaminações detetadas diariamente tenham caído, passando de cerca de 6.000 no início de maio para 1.572 hoje.
Com base nesses números encorajadores, o autarca da cidade, Sergei Sobianin, anunciou na segunda-feira o levantamento do “autoisolamento” em casa estabelecido no final de março e o regime de passes obrigatórios para todos os moscovitas.
Usar máscara na rua, usar máscara e luvas em locais fechados e nos transportes públicos, permanecem como medidas obrigatórias em Moscovo, cidade de 12 milhões de habitantes.
Os congestionamentos nas estradas estão de volta a Moscovo pela primeira vez desde o final de março, sob um forte sol e temperaturas de verão, disse um jornalista da agência de notícias francesa AFP.
“Há muita gente na rua. Está um dia lindo”, sorri Olga Ivanova, gerente de marketing de 33 anos.
“Passei muito tempo na ‘datcha’ (casa de campo) durante todo o mês de maio. Mas estava na hora de voltar para Moscovo”, disse Olga Ivanova.
No elegante bairro de Patriarshiye Prudy, salões de beleza e cabeleireiros receberam os seus primeiros clientes.
O calendário de flexibilização do confinamento da autarquia prevê uma reabertura passo a passo – nos dias 9, 16 e 23 de junho – de lojas, restaurantes, serviços pessoais e locais de lazer.
Críticos do Kremlin dizem que as autoridades estão a acelerar esta saída do confinamento antes do grande desfile militar em 24 de junho em Moscovo, comemorando a vitória sobre os nazistas, depois o referendo sobre a reforma constitucional, que foi adiado para 01 de julho.
A reforma deve dar ao Presidente russo, Vladimir Putin, a oportunidade de permanecer no poder até 2036.
As autoridades russas explicam a baixa taxa de mortalidade devido ao novo coronavírus por medidas tomadas muito cedo, uma política de testagem e números que contam apenas as mortes cuja causa principal é a Covid-19.
Jornalistas, especialistas e opositores do Governo já questionaram a veracidade dos números oficiais.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 404 mil mortos e infetou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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