De acordo com o SIM, “a falta de resposta da Senhora Ministra da Saúde às propostas concretas constantes” da agenda negocial dos Sindicatos Médicos “em nada são condizentes com as loas públicas que vamos ouvindo”. O sindicato quer, agora, que o Governo considere o SNS como uma das prioridades do pacote da ajuda financeira da União Europeia à crise criada pela pandemia da Covid-19.
Em comunicado, o sindicado relembra ao primeiro-ministro que “permanece viva e inequívoca a nossa total disponibilidade para continuarmos a contribuir para o fortalecimento do SNS”, sublinhando o papel que teve nos últimos meses “ante as duríssimas provas” da pandemia.
O SIM acrescenta que “existe assim uma acrescida necessidade de fazer cessar as discriminações negativas que neste contexto afetam os trabalhadores médicos”. O sindicato recusa a ideia “muito errada” da possibilidade de supressão dos limites máximos do trabalho suplementar obrigatório, a sua exclusão da proteção aos demais trabalhadores enquanto doentes crónicos, a continuidade do dever de exercer funções assistenciais quando ocorrem contactos com colegas de trabalho infetados ou liminar não pagamento do trabalho suplementar prestado pelos médicos da área de exercício profissional de saúde pública.
O comunicado deixa fortes críticas à gestão de Marta Temido, ministra da Saúde, que considera estar a ignorar as propostas dos Sindicatos Médicos. Desta vez, o apelo é feito ao primeiro-ministro, António Costa, para que aposte na melhoria do SNS e no seu capital humano com os apoios que vão ser disponibilizados pela União Europeia para Portugal.
PR/HN/ Vaishaly Camões
0 Comments