Luis Baquero Cirurgião Cardiotorácico Coordenador do Heart Center do HCVP

Cirurgia Cardíaca minimamente invasiva: inovação ao serviço dos doentes

06/25/2020

[xyz-ips snippet=”Excerpto”]

Cirurgia Cardíaca minimamente invasiva: inovação ao serviço dos doentes

Cerca de 95 por cento das cirurgias ao coração no Heart Center já são feitas por técnicas minimamente invasivas.  Ainda que nem todas as doenças cardiovasculares possam ser tratadas de forma minimamente invasiva e, como tal, de forma menos agressiva para o doente, são várias as patologias que já permitem este tipo de abordagem, como doenças valvulares, doenças coronárias, tumores cardíacos, doenças da aorta e algumas doenças cardíacas congénitas.

tualmente, a doença coronária pode ser tratada quer por método percutâneos, ou seja, por cateter, quer por cirurgia mini-invasiva com incisões de 5-6 cm na região sub-mamária esquerda ou na região axilar, evitando assim a abertura do esterno.  Também é rotina no Heart Center combinar estas duas técnicas de forma multidisciplinar – denominada técnica “Híbrida” – juntando os benefícios do tratamento percutâneo e da   cirurgia mini-invasiva, conseguindo-se assim um restabelecimento do fluxo coronário completo com mínima agressão cirúrgica e com excelentes resultados.

Toda a cirurgia valvular, desde a reparação à substituição de uma ou mais válvulas cardíacas é realizada através de uma incisão de 5cm localizada debaixo do braço – a chamada abordagem axilar. Assim, a cicatriz pós-operatória é quase invisível só sendo passível de ser observada quando o doente levanta o braço. 

Esta incisão permite igualmente corrigir defeitos de nascença do coração, denominados defeitos congénitos cardíacos.

A inovação da técnica cirúrgica é também acompanhada pelo desenvolvimento de técnicas anestésicas “minimamente” invasivas, isto é, a combinação da anestesia geral com a anestesia locoregional. Através da ecografia são bloqueadas as terminações sensitivas do tórax responsáveis pela dor pós-operatória, como ganhos apontam-se a redução do tempo de internamento e complicações pós-operatórias, com retorno precoce às atividades de vida diária. Desta forma é otimizado todo o período perioperatório, assim como a experiência e o grau de satisfação do doente.

Não menos importante é o fator psicológico: ter uma cicatriz longitudinal, ao longo de todo o tórax é um peso emocional grande que deixa repercussões. Ao reduzir-se a dimensão da cicatriz, diminui-se também o impacto e a dimensão psicológica da doença.

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Rui Afonso é o novo partner da ERA Group

Rui Afonso é o novo partner da ERA Group, consultora especializada em otimização de custos e processos para as empresas. Com mais de 25 anos de experiência em gestão de negócios, vendas e liderança de equipas no setor dos dispositivos médicos, reforça agora a equipa da ERA Group em Portugal, trazendo a sua abordagem estratégica, motivação e paixão pelo setor da saúde. 

Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Norte lança “Ritmo Anárquico”, programa de rastreios gratuitos à fibrilação auricular

A Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Norte vai lançar a campanha “Ritmo Anárquico”, um programa de rastreios gratuitos à fibrilação auricular na região norte do País. A iniciativa vai arrancar na sede da Fundação Portuguesa de Cardiologia, no Porto, no dia 4 de abril, com rastreios a decorrer entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 17h00.

Fórum da Saúde Respiratória debate a estratégia para a DPOC em Portugal

Com o objetivo de colocar as doenças respiratórias como uma prioridade nas políticas públicas de saúde em Portugal, terá lugar no próximo dia 9 de abril, das 9h às 13h, no edifício Impresa, em Paço de Arcos, o Fórum Saúde Respiratória 2025: “Doenças Respiratórias em Portugal: A Urgência de Uma Resposta Integrada e Sustentável”.

Gilead, APAH, Exigo e Vision for Value lançam 4ª Edição do Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem anuncia o início da sua 4ª edição, reforçando o compromisso com a promoção da cultura de Value-Based Healthcare (VBHC) em Portugal. Esta edição conta com um novo parceiro, a Vision for Value, uma empresa dedicada à implementação de projetos de VBHC, que se junta à Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), EXIGO, Gilead Sciences, e ao parceiro tecnológico MEO Empresas.​

Medicamento para o tratamento da obesidade e único recomendado para a redução do risco de acontecimentos cardiovasculares adversos graves já está disponível em Portugal

O Wegovy® (semaglutido 2,4 mg), medicamento para o tratamento da obesidade, poderá ser prescrito a partir do dia 1 de abril de 2025 em Portugal, dia em que a Novo Nordisk iniciará a sua comercialização e abastecimento aos armazenistas. O Wegovy® estará disponível nas farmácias portuguesas a partir do dia 7 de abril.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights