Dicas para prevenir exaquecas no verão

22 de Julho 2020

O consumo abundante de água e alimentos leves, evitar a exposição direta ao sol, banhos frios e a prática de exercício são alguns conselhos que a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) deixa para prevenir enxaquecas.  A OMS afirma que cerca de 15% da população é afetada, sendo mais frequente nas mulheres entre os 22 e os 55 anos.

No dia em que se assinala o Dia Mundial do Cérebro, a APED aconselha a adoção de algumas medidas nesta época de verão por parte das pessoas que sofrem de enxaquecas. “No verão, com temperaturas altas e excesso de luminosidade e humidade, as crises e dores de cabeça são mais comuns. Durante a exposição ao sol, o centro modulador de dor é ativado e há uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral, o que leva ao surgimento de uma crise”.

De acordo com os especialistas, a enxaqueca é uma perturbação crónica caracterizada por episódios de dor de cabeça, mais ou menos intensa, que pode durar horas ou dias. A esta perturbação associam-se sintomas como náuseas, vómitos, intolerância à luz, ao ruído, a alguns odores e ao próprio movimento.

Outro fator que se pode revelar um problema é a claridade. Para os profissionais da área, quem tem enxaquecas sofre, normalmente, de fotofobia, sendo por isso que muitas destas pessoas evitam a luz, uma vez que a luminosidade as incomoda. “Além disso, fatores com os hábitos alimentares, a desidratação, o consumo excessivo de álcool, a má qualidade do sono, além do desgaste causado por longas viagens em veículos com fraca ventilação, podem também ser apontados como desencadeadores das dores de cabeça.”

A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 15% da população seja afetada por exaquecas, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens e a prevalência máxima incide na faixa etária entre os 22 e os 55 anos de idade.

Apesar das estatísticas demonstrarem que a qualidade de vida das pessoas é muitas vezes perturbada por causa das dores crónicas, a Presidente da APED, Ana Pedro, diz que “a enxaqueca é, muitas vezes, desvalorizada e encarada como sendo apenas uma dor de cabeça. É importante estabelecer as diferenças e perceber que a enxaqueca é uma doença crónica incapacitante, cujo tratamento preventivo é a melhor forma de evitar crises intensas e frequentes e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho da dor, principalmente nos meses de verão”.

Tendo em conta os problemas que estas pessoas enfrentam com o aumento das temperaturas durante o verão, a APEH recomenda o consumo abundante de água ao longo do dia para manter o corpo hidratado, “já que isso ajuda no equilíbrio da temperatura corporal”; evitar a xposição direta ao sol e usar óculos escuros para evitar a penetração de muitos estímulos luminosos na retina; consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras, e controlar o consumo de bebidas alcoólicas; tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminuir a temperatura corporal, “principalmente se estiver num risco iminente de crise”; Praticar atividade física em horários em que a temperatura esteja mais amena e beber água durante a realização e “procurar ter boas noites de sono, dormir num ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis.

Os especialistas explicam que as causas das enxaquecas não estão completamente clarificadas. Embora exista uma componente hereditária, as enxaquecas também podem ser desencadeadas por determinados alimentos, pela cafeína, pelo consumo de álcool, pela falta de sono, por fadiga, determinados cheiros (perfumes, tabaco), ruídos fortes ou luzes brilhantes e alterações nos níveis hormonais (por exemplo, durante o ciclo menstrual das mulheres).

PR/HN/Vaishaly Camões

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