Segundo o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, que também é médico, o tratamento poderá ser usado em pacientes com sintomas da Covid-19, em até 10 sessões.
“É uma aplicação simples, rápida, de dois ou três minutinhos por dia, provavelmente vai ser uma aplicação via retal. É uma aplicação tranquilíssima, rapidíssima de dois minutos com cateter fino, e isso dá um resultado excelente”, disse Morastoni durante uma transmissão ao vivo na rede social Facebook, na segunda-feira.
Não há estudos científicos que comprovem a eficácia ou segurança deste tipo de terapia contra a Covid-19 nem recomendação de autoridades de saúde brasileiras nesse sentido.
No Brasil, a ozonioterapia só é permitida em estudos experimentais e o seu uso requer a aprovação de protocolos junto do Comité de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde.
O prefeito de Itajaí adiantou que já pediu ao Ministério da Saúde que a cidade faça parte de um protocolo de pesquisa sobre a ozonioterapia no combate ao novo coronavírus e disse que o município poderá ter um laboratório de ozónio.
“Com isso, nós vamos ser autorizados a ter um laboratório de ozónio. Já estamos definindo o local […] Vamos explicar depois detalhadamente como será aplicação para casos positivos [de Covid-19]”, afirmou Morastoni.
Segundo o prefeito de Itajaí, a cidade registou até segunda-feira 3.648 casos e 105 mortes provocadas pela pandemia.
Além da ideia sobre a ozonioterapia, as autoridades da cidade também estão a fornecer tratamento com cânfora, com o medicamento contra vermes ivermectina e com o antibiótico azitromicina.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 2,7 milhões de casos e 94.665 óbitos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 694 mil mortos e infetou mais de 18,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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