Guiné-Bissau precisa de 235 milhões de euros para atenuar efeitos do vírus na Educação

14 de Agosto 2020

O ministro da Educação da Guiné-Bissau, Arsénio Baldé, defendeu a necessidade de 280 milhões de dólares (235 milhões de euros) para executar um plano de contingência durante 18 meses que diminua os efeitos da Covid-19 no sistema educativo do país.

Baldé disse que, do diagnóstico feito pelo seu ministério, chegou-se à conclusão que o país “vai ter que sobreviver com o vírus” da Covid-19.

Alguns parceiros do sistema educativo guineense já se manifestaram abertos em apoiar financeiramente o plano, mas Arsénio Baldé considera fundamental assegurar um orçamento global.

Do estudo, Baldé afirma ter encontrado o sistema educativo guineense “complemente destruído”: é “preciso tirá-lo do chão, pô-lo de pé”, ao abrigo dos objetivos estratégicos preconizados.

Desses objetivos constam iniciativas para “pacificação do sistema”, que o ministro disse ter encontrado com “muitos anos de turbulências” no relacionamento entre os parceiros (sindicatos dos professores, associações de pais e de alunos), reorganização do sistema e mobilização de fundos.

De imediato, Arsénio Baldé prometeu “bater-se” ao nível do Governo para que seja aumentado de 11% para, pelo menos, 20% a dotação orçamental prevista para o setor educativo este ano.

O conselho de ministros do Governo guineense debate entre hoje e domingo a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2020 a ser apresentado ao parlamento proximamente para discussão e aprovação.

Em relação ao ano letivo, o ministro afirmou que as escolas que não conseguiram ministrar conteúdos letivos correspondentes ao primeiro período vão ter que repetir o ano e aquelas que alcançaram pelo menos 70% dos conteúdos, terão o ano validado.

Segundo Arsénio Baldé o ano letivo 2020/2021 arranca oficialmente a 14 de setembro.

LUSA/HN

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