Uso de máscara vai passar a ser obrigatória toda a cidade de Paris

27 de Agosto 2020

O uso de máscara vai passar a ser obrigatório em toda a cidade de Paris e em todas as universidades francesas para conter a pandemia de Covid-19, que "está a aumentar novamente em França", anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

“O prefeito, após concertação com a presidente da Câmara, vai alargar o uso da máscara a toda a capital, pondo-se também a questão sobre o alargamento desta medida aos arredores da cidade”, afirmou esta manhã Jean Castex durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro da Saúde, Olivier Véran, e o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer.

Algumas cidades como Toulouse ou Marselha já tinham alargado o uso de máscara ao exterior em toda a cidade, mas faltava saber o que se passaria na rentrée em Paris, que tinha apenas algumas ruas assinaladas como uso obrigatório, assim como todos os espaços interiores. Os números, que mostram uma elevada circulação do vírus na Cidade Luz, justificam agora esta medida.

As autoridades francesas contabilizam cerca de 700 registos de infração do porte de máscara por dia, com o primeiro-ministro a avisar que vai passar a haver mais controlos.

Devido ao agravamento da circulação do vírus um pouco por todo o território francês, o primeiro-ministro indicou que mais 19 departamentos passam para zona vermelha, sendo agora 21 departamentos em 89.

Esta classificação depende do número de casos positivos por 100 mil habitantes.

O chefe do Governo francês disse que as autoridades “farão tudo” para evitar novos confinamentos locais, mas a classificação em vermelho permite aos prefeitos tomarem decisões como restringir aglomerações de pessoas ou controlar deslocações a mais de 100 quilómetros.

Jean Castex anunciou também que, para além do uso de máscara obrigatório nas escolas básicas e liceus que tinha sido anunciado esta semana, também os universitários vão ter de utilizar a máscara em todas as instituições de ensino superior em França.

O ministro da Saúde, Olivier Véran, indicou ainda que o novo objetivo para a realização de testes no país é agora de 1 milhão por semana, com prioridade para quem tem sintomas ou é considerado como pessoa frágil.

LUSA/HN

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