Primeiro-ministro diz que instalar aplicação ‘Stayaway Covid’ é um “dever cívico”

1 de Setembro 2020

O primeiro-ministro, António Costa, considerou esta terça-feira que instalar nos telemóveis a aplicação ‘Stayaway Covid’, que permite rastrear contactos de infeção, é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina.

“Entendam que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”, afirmou António Costa no lançamento desta iniciativa, no Porto, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.

A ‘Stayaway covid’ é uma aplicação móvel voluntária que, através da proximidade física entre ‘smartphones’, permite rastrear de forma rápida e anónima as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.

“Por favor descarreguem a aplicação, não tenham receio”, pediu o primeiro-ministro.

Num momento em que recomeçam as aulas, reabrem os tribunais, as pessoas regressam de férias e aos seus locais de trabalho, fazendo com que hajam mais concentrações e deslocações de metro ou autocarro, o chefe do Governo afirmou que a ‘Stayaway covid’ é “muito importante” para travar os contágios.

A única forma de garantir que a pandemia da Covid-19 não se descontrole e que o país não volta a passar pelo mesmo do que nos meses de março e abril depende “unicamente dos cidadãos”, lembrou, acrescentando que a aplicação não garante a cura, mas garante a interrupção das cadeias de transmissão.“Este é um esforço pequeno, mas um esforço fundamental”, considerou, juntando à aplicação a necessidade de usar máscara, desinfetar as mãos e manter a distância de segurança.

Enquanto discursava, o primeiro-ministro mostrou já ter descarregado a aplicação e, disse, que a mesma o informava de que não havia identificado contactos de elevado contágio.

Aproveitando o momento, o chefe do Governo explicou que a aplicação é fundamental porque permite, em caso de contágio, saber com quem contactamos e, assim, avisar essas mesmas pessoas.

Quem receber um alerta de possível contágio não deve “entrar em pânico”, porque o ter estado próximo de alguém infetado não significa também estar, mas ligar para as autoridades de saúde e seguir as suas indicações, sublinhou.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 847.071 mortos e infetou mais de 25,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.822 pessoas das 58.012 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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