“O ressurgimento de casos de covid-19 em muitos países, as medidas de contenção locais, a continuação do teletrabalho e a fragilidade do setor aéreo levaram-nos a baixar as nossas estimativas de procura para o terceiro e quarto trimestres de 2020”, afirma a AIE no relatório mensal sobre o petróleo hoje divulgado.
A AIE espera agora que a procura global diminua em 8,4 milhões de barris por dia este ano, contra 8,1 milhões de barris por dia no relatório anterior.
No próximo ano, a AIE espera uma recuperação da procura de 5,5 milhões de barris por dia, ligeiramente mais (260.000 barris por dia) do que na última estimativa.
A procura deverá atingir 97,1 milhões de barris por dia no próximo ano, ainda abaixo do nível de 2017.
“Com o início do inverno no hemisfério norte, entraremos em território desconhecido relativamente à virulência da covid-19”, diz a AIE, que aconselha os países desenvolvidos sobre as suas políticas energéticas.
No relatório anterior publicado em agosto, a agência descreveu o reequilíbrio do mercado petrolífero como “delicado”.
“Um mês depois, as perspetivas parecem ainda mais frágeis”, conclui a AIE.
Na segunda-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) já tinha sido mais pessimista acerca da procura mundial de petróleo este ano e em 2021, citando uma fraqueza persistente em alguns países asiáticos na sequência da pandemia de covid-19.
O gigante britânico dos hidrocarbonetos BP disse na segunda-feira que a procura global de petróleo pode já ter atingido o seu pico e pode continuar a diminuir devido às consequências da pandemia e da transição energética.
LUSA/NR/HN
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