Prevenção do vírus melhorou nas comunidades afetadas por ciclones em Moçambique

29 de Setembro 2020

A prevenção da Covid-19 melhorou em quase todos os 73 campos de reassentamento de famílias afetadas pelo ciclone Idai em Moçambique, mas faltam salas de isolamento e equipamentos de proteção, segundo um levantamento de organizações humanitárias e de socorro.

Só em três locais foi relatado que “nenhuma ação foi tomada para a prevenção e controle do Covid-19”, no distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, situações que estão a ser acompanhadas pela Organização Internacional das Migrações (OIM) e pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

Em todos os outros, a distribuição de pontos para lavagem das mãos é generalizada e são visíveis mudanças de comportamento: todas as comunidades já receberam informação sobre as medidas de prevenção pessoais e praticam-nas, refere-se no levantamento.

A adesão ao uso de máscara, aumento de lavagem de mãos e distanciamento está entre 88% e 99% e só a redução de ajuntamentos tem menos adeptos: 48%, detalha-se no documento.

Segundo a mesma fonte, em 12 das 73 novas povoações de reassentamento foi relatado não haver equipamentos de proteção individual suficientes e que em nenhuma delas há salas de isolamento para eventuais casos de Covid-19.

Em maio, faltava equipamento de proteção na maioria dos locais e a disseminação de informação ainda era um desafio.

Moçambique tem um total acumulado de 8.288 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 59 mortes e 4.836 recuperados.

O ciclone Idai atingiu o cento de Moçambique em março de 2019, provocou 603 mortos e a cidade da Beira, uma das principais do país, foi severamente afetada.

LUSA/HN

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