Numa nota publicada no ‘site’ da Universidade do Porto, o gabinete de comunicação do i3S adianta que o trabalho de Pedro Miguel Alves, distinguido na primeira edição da EUGLOH Annual Student Research Conference, visa a produção de um revestimento que “aumenta a eficácia dos pensos contra as bactérias que surgem em feridas crónicas da pele”.
Citado na nota, o investigador do grupo BioEngineered Surfaces do i3S explica que o objetivo é “desenvolver um novo polímero com propriedades antimicrobianas para ser utilizado no revestimento de pensos para tratamento e prevenção de infeções em feridas crónicas da pele”.
Para isso, a equipa de investigação imobilizou péptidos antimicrobianos num polímero natural derivado do exosqueleto de crustáceos e maximizou a eficiência química, de modo a permitir que este polímero possa vir a ser usado em contexto industrial.
O desenvolvimento de pensos com estas propriedades antimicrobianas terá “um elevado impacto no combate às infeções” em doentes com feridas crónicas e feridas provocadas por bactérias hospitalares multirresistentes, observa o investigador.
Na nota, Cristina Martins, líder do grupo de investigação do i3S, acrescenta ainda que o trabalho explora “uma química seletiva de alto rendimento” por forma a “facilitar a produção de revestimentos de pensos antimicrobianos” no futuro.
“Recorremos a uma estratégia quimiosseletiva de alto rendimento ainda pouco explorada e verificámos que não só conseguimos ter uma química de imobilização mais eficiente, como o efeito antimicrobiano do péptido foi preservado”, destaca.
Pedro Miguel Alves, estudante do programa doutoral em Engenharia Biomédica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foi distinguido com o prémio de melhor apresentação oral na 1.º edição da EUGLOH Annual Research Conference, uma iniciativa que seleciona 100 alunos de várias faculdades para apresentarem o seu trabalho científico.
LUSA/HN
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