Tratou-se de uma campanha eleitoral fora do normal marcada pela crise sanitária, mas que atingiu uma elevada participação no voto antecipado e por correspondência: mais de noventa milhões de eleitores já votaram prevendo-se também longas filas nas assembleias de voto durante o dia de hoje.
Apesar da sólida base de apoio republicana, várias sondagens estaduais e registos de apostas sobre o vencedor das eleições indicam que os estados da Pensilvânia, Michigan e mesmo o Texas podem deixar de ser território republicano.
Em 2016, o candidato republicano Donald Trump venceu nos estados do Michigan e da Pensilvânia – com 20 votos eleitorais – por uma estreita margem que o ajudou a vencer o cargo de chefe de Estado.
Este ano, ambos os Estados voltam a estar no centro das atenções o que obrigou os dois candidatos a organizarem ações de campanha nos últimos dias na região do “Midwest” dos Estados Unidos.
No estado de Michigan, Donald Trump centrou a mensagem na importância da indústria automóvel do país onde ainda estão instaladas, apesar da crise, as fábricas das empresas Ford, General Electrics e Chrysler.
Em 2016, Trump venceu o estado do Michigan à candidata republicana Hillary Clinton pela estreita margem de apenas 11 mil votos.
O Michigan confere 16 votos eleitorais e marcou a campanha eleitoral de 2020 devido à detenção em outubro, pelo FBI, de elementos da milícia armada de extrema direita que planeava sequestrar a governadora Gretchen Whitmer.
De acordo com as autoridades judiciais, os detidos pertencem à milícia Wolverine Watchman empenhados em provocar distúrbios no país.
Apesar da luta eleitoral no estado da Florida, com 29 votos eleitorais, o Texas, que faz fronteira com o México, pode igualmente ser determinante para uma posição vantajosa do candidato democrata Joe Biden.
O último candidato democrata a vencer no Texas foi Jimmy Carter em 1977.
Segundo o centro de sondagens Pew a “decisão final” pode pender para os democratas em 2020.
Joe Biden fez campanha junto da população “latina” do Texas, assim como apelou ao voto do eleitorado mais jovem e com estudos universitários e também ao voto feminino dos subúrbios de Houston, Dallas, San Antonio e Austin.
Trump, em vários comícios, quer na Florida e também na Pensilvânia, referiu-se à grande conquista da administração: o “muro” no sul dos Estados Unidos para impedir a entrada de emigrantes.
No domingo à noite, o presidente dos Estados Unidos emitiu uma mensagem através das redes sociais em que afirmava que seria “bom” que o resultado ficasse definido hoje, dia 03 de novembro.
No sábado, afirmou a mesma coisa perante os apoiantes republicanos no estado da Pensilvânia num comício realizado numa urbanização de luxo a cerca de 50 quilómetros de Filadélfia onde a polícia abateu a tiro Walter Wallace Jr na semana passada, o que provocou a indignação da população desfavorecida afro-americana da zona oeste da cidade.
LUSA/HN
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