Com vários países da União Europeia (UE) a imporem novamente medidas restritivas para tentar conter o ressurgimento das infeções com o novo coronavírus – como novos confinamentos e encerramento de estabelecimentos de comércio e restauração –, o executivo comunitário atualiza hoje as suas projeções para a economia, que têm vindo a ser agravadas desde o início da pandemia, em março passado.
Nas últimas previsões económicas, as intercalares de verão, a Comissão Europeia reviu em baixa face ao anteriormente previsto as projeções para a economia da zona euro este ano devido à pandemia de Covid-19, passando a estimar uma contração de 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
Assim, o executivo comunitário, que em maio passado projetava para este ano uma contração já recorde, de 7,7% do PIB no espaço da moeda única, passou a prever um recuo de 8,7%, apenas parcialmente compensado em 2021 com um crescimento de 6,1% (também uma revisão em baixa face à primavera, quando apontava para 6,3%).
Estes números deverão voltar a piorar nas estimativas que serão hoje divulgadas.
Isso mesmo previu esta semana o Eurogrupo, que defendeu que o aumento acentuado nas novas infeções de Covid-19 na Europa e as novas medidas restritivas adotadas “aumentaram ainda mais a incerteza” sobre a economia da zona euro e “deverão pesar” na recuperação.
As previsões macroeconómicas de outono da Comissão Europeia serão divulgadas às 11:00 (hora de Bruxelas, menos uma em Lisboa) numa conferência de imprensa do comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.
LUSA/HN
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