De acordo com a Coordenadora do Centro Multidisciplinar em Cirurgia Endócrina, Rita Roque, a nova unidade cirúrgica pretende fornecer aos doentes uma resposta “personalizada e atualizada”. “A multidisciplinaridade é a pedra basilar deste grupo. Nesta área, raramente tratamos apenas um órgão, atuamos sim num sistema, tendo em conta a influência das hormonas na funcionalidade global do organismo”
A nova unidade permite que qualquer especialista possa referenciar, consultar ou solicitar o apoio do Centro Multidisciplinar de Cirurgia Endócrina para doentes ao seu cuidado com patologia benigna ou maligna de glândulas endócrinas, “garantindo assim um maior alcance a outros doentes e contribuindo para uma maior colaboração entre especialidades.”
Rita Roque justifica que a cirurgia endócrina exige uma relação estreita e dinâmica entre os vários profissionais de saúde envolvidos. “As particularidades da patologia endócrina cirúrgica, a raridade de algumas entidades e a especificidade do controlo hormonal pré e pós-operatório constituem desafios exigentes de diagnóstico e tratamento, só ultrapassados pela experiência da prática clínica, pela contínua atualização científica e técnica e pela multidisciplinaridade. Agora, é possível encontrarmos todos estes elementos reunidos nesta nova Unidade”.
A cirurgia endócrina é uma área de especialização da cirurgia geral dedicada ao tratamento cirúrgico de doenças da tiroide, da paratiroide, da glândula suprarrenal e dos tumores neuroendócrinos (que podem existir em qualquer órgão). As doenças da tiroide são as mais conhecidas e as mais frequentes, mas as decisões que se tomam, especialmente em doenças malignas envolvem pormenores que exigem experiência específica e constante atualização. As particularidades das doenças da paratiroide e da suprarrenal, e dos tumores neuroendócrinos, por serem menos frequentes, e até raros, requerem uma dedicação e aprofundamento específicos.
PR/HN
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