O acréscimo de 2.325 milhões de euros explica-se com todo o tipo de custos operacionais associados ao adiamento mais o impacto financeiro relacionado com as muitas medidas para o combate à pandemia de Covid-19 que vão ser aplicadas no maior evento desportivo do planeta.
“O custo adicional foi tratado de acordo com a promessa de divisão de responsabilidades [na preparação dos Jogos Olímpicos] em 2017″, disse Toshiro Muto, diretor-geral do comité organizador de Tóquio2020.
Assim, as verbas vão ser repartidas, em diferentes montantes, pelo governo do Japão, o comité organizador e as autoridades metropolitanas da capital nipónica, sede dos Jogos entre 23 de julho e 08 de agosto do próximo ano.
Na divisão das despesas extra, 1.480 milhões de euros são referentes aos custos associados ao adiamento, tais como a extensão de aluguer das sedes ou os gastos laborais extras, enquanto o restante tem a ver com as práticas a aplicar para evitar a infeção e propagação da doença entre atletas e espetadores.
O governo metropolitano de Tóquio é quem vai investir mais, nomeadamente 949 milhões de euros, dois terços da verba devido ao adiamento e o resto para as medidas sanitárias.
O comité organizador será responsável por 815 milhões de euros, exclusivamente relacionados com o adiamento do evento.
Ao governo caberão 561 milhões de euros, 79% dos quais para aplicar em medidas sanitárias.
O orçamento de Tóquio2020 foi atualizado em dezembro, antes da pandemia, em 10.839 milhões de euros, boa parte a repartir entre o comité organizador e a cidade.
Para minimizar o forte impacto resultante da transferência do evento para 2021 foram assumidos, entre outros, cortes organizativos nas provas olímpicas e a simplificação das cerimónias de abertura e de encerramento.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 deverão contar com a participação de cerca de 11.000 atletas, sendo que, para já, Portugal tem 34 qualificados.
LUSA/HN
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