A notícia deixou satisfeitos os pescadores da Torreira, na Murtosa, que no dia 11 de dezembro se manifestaram em frente à Capitania do Porto de Aveiro contra a impossibilidade de apanhar berbigão e a levantar suspeitas sobre as análises.
“Vai ser uma passagem de ano em beleza, porque conseguimos vencer. Hoje ninguém trabalha porque é o fim de ano, mas no domingo e segunda já vamos fazer a apanha”, disse à Lusa Jacinto Brandão, em representação dos pescadores da Torreira.
De acordo com Jacinto Brandão, há mais de mil pessoas naquela zona que dependem diretamente da ria e de forma particular da apanha de berbigão, sendo que a maior parte dos bivalves é vendida para Espanha.
Em 04 de dezembro, a zona, denominada RIAV1, que se estende desde a ponte da Varela até à boca da Barra, passou a ter a classificação C do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), sendo local preferencial para a apanha do berbigão, que ficou interdita temporariamente.
Segundo um comunicado da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA), os resultados da segunda amostra de berbigão, colhida na segunda-feira, demonstram “um resultado negativo nos parâmetros utilizados para avaliar a contaminação por E.coli e coliformes fecais”.
“Com a obtenção deste resultado será anulada a reclassificação temporária de classe C, voltando a espécie berbigão ao estatuto sanitário de B”, refere a mesma nota.
A APARA promete continuar a acompanhar a evolução do resultado das amostras da ameijoa-macha no RIAV1 que se irá manter temporariamente em estatuto sanitário de classe C até reunir as condições para a sua reclassificação.
LUSA/HHN
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