“Realça-se o facto de o PS continuar preocupado com o efeito desta pandemia, especificamente no setor do turismo. Os diversos agentes económicos estão a passar por inúmeras dificuldades”, declarou o deputado Rui Anjos aos jornalistas.
Rui Anjos falava depois de uma reunião que uma comitiva de deputados socialistas teve hoje com a Associação de Guias de Informação Turística dos Açores (AGITA), na delegação da Assembleia Regional em Ponta Delgada.
O socialista destacou que existe um “conjunto de medidas” de apoio ao setor criadas pelo anterior Governo dos Açores (liderado pelo PS), que “neste momento” precisam de ser “aprofundadas”
Contudo, Rui Anjos realçou que a estratégia delineada pelo anterior executivo tinha sido planeada para “não deixar ninguém de fora” e criticou o silêncio do atual governo, encabeçado pelo PSD, sobre as dificuldades atravessadas pelos profissionais do turismo.
“O que vinha detrás [do anterior executivo] estava a ser planeado para não deixar ninguém de fora. O que é estranho é que o atual governo não tenha dito nada sobre essa gente”, disse.
O deputado alertou para a necessidade de reforçar a formação dos guias turísticos e de criar programas turísticos remunerados.
Rui Anjos defendeu ainda a reivindicação da AGITA que pretende a criação de um certificado para os guias de animação turística.
“O que [os profissionais do turismo] reivindicam é trabalho. Trabalho, formação, certificação, portanto, preparar o futuro. Mas, entretanto, são pessoas estão extremamente necessitadas por remuneração e, neste momento, o que reivindicam é alguma bolsa de formação remunerada”, acrescentou.
Em 2020, os Açores registaram cerca de 766 mil dormidas, enquanto em 2019 tinham tido mais de três milhões.
Existem 482 casos positivos ativos de Covid-19 na região, sendo 429 em São Miguel, 35 na Terceira, um no Pico, cinco em São Jorge, dois nas Flores e 10 no Faial.
Foram detetados até hoje nos Açores 2.127 casos de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, verificando-se 22 óbitos e 1.529 recuperações.
As medidas para combater a Covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.
O FMI prevê uma queda da economia mundial de 4,4% em 2020, com uma contração de 4,3% nos Estados Unidos e de 5,3% no Japão, enquanto a China deverá crescer 1,9%.
LUSA/HN
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