Marcelo defende que portugueses rejeitam extremismo e promete unir o país

25 de Janeiro 2021

O Presidente da República reeleito, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu no domingo à noite que os portugueses mostraram nestas eleições presidenciais que rejeitam o extremismo e prometeu estabilizar e unir o país.

“Tenho a exata consciência de que a confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, prometendo “continuar a ser um Presidente de todos e de cada um dos portugueses, um Presidente próximo, um Presidente que estabilize, um Presidente que una, que não seja de uns, os bons, contra os outros, os maus, que não seja um Presidente de fação, um Presidente que respeite o pluralismo e a diferença, um Presidente que nunca desista da justiça social”.

Num discurso de 17 minutos feito no átrio da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que terminou pouco depois da meia-noite, o chefe de Estado assinalou que foi reeleito com mais votos e maior percentagem do que em 2016, o que apontou como sinal de que os portugueses “querem mais e melhor em proximidade, em convergência, em estabilidade, em construção de pontes, em exigência, em justiça social, e de modo mais urgente em gestão da pandemia”.

“Entendi esse sinal e dele retirarei as devidas ilações”, acrescentou.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o voto dos portugueses respondeu “à pergunta crucial acerca do que não querem e do que querem para Portugal nos próximos cinco anos”, e não querem, entre outras coisas, “uma radicalização e um extremismo nas pessoas, nas atitudes, na vida social e política”.

“Não querem uma pandemia infindável, uma crise económica sem termo à vista, um empobrecimento agravado, um recuo na comparação com outras sociedades, desde logo europeias, um sistema político lento a perceber a mudança”, considerou.

O Presidente da República elegeu o combate à pandemia como prioridade única imediata, mas nos objetivos para os próximos anos incluiu “refazer os laços desfeitos, quebrar as barreiras erguidas, ultrapassar as solidões multiplicadas, fazer esquecer as xenofobias, as exclusões, os medos instalados. Temos de recuperar e valorizar todos os dias as inclusões, as partilhas, os afetos, as cidadanias esvaziadas pela pobreza, pela dependência, pela distância”.

LUSA/HN

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