Os países interessados poderão aceder a esta ajuda através de uma Plataforma de Avaliação de Novas Variantes, dirigida pela Public Health England (PHE), equivalente à direção geral de Saúde em Portugal, que vai trabalhar juntamente com universidades e o Laboratório do Grupo de Trabalho sobre o SARS-CoV-2 da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o Ministério da Saúde, especialistas dos laboratórios públicos britânicos vão trabalhar diretamente com amostras recebidas do estrangeiro ou disponibilizar consultoria especializada e apoio remoto quando o país parceiro já tiver algumas capacidades mas solicitar assistência adicional, seja diretamente ao Reino Unido ou à OMS.
A colaboração pode ainda incluir formação e recursos, bem como pessoal e equipamento, segundo informação do Ministério da Saúde.
“Esta Plataforma ajudará não apenas a perceber melhor este vírus e como se espalha, mas também aumentará a capacidade internacional neste campo importante para que possamos estar todos melhor preparados para o que ainda está por vir”, vai dizer Matt Hancock no Instituto Real de Relações Internacionais Chatham House, segundo excertos avançados pelo seu gabinete.
A iniciativa faz parte de um discurso a propósito da presidência britânica do G7 do Reino Unido este ano, no qual Hancock vai defender um sistema de saúde internacional mais forte, mais colaborativo e eficaz, não apenas no combate à pandemia Covid-19, mas para garantir que a comunidade internacional esteja mais bem preparada para ameaças futuras.
Segundo o Ministério da Saúde, o Reino Unido realizou mais da metade de todas as sequências do genoma do SARS-CoV-2 existentes no banco de dados global e essa capacidade ajudou os cientistas do serviço público britânico identificar a variante inglesa, designada por B117.
Na sexta-feira passada, o Governo revelou existirem dados preliminares de que a variante, além de ser mais contagiosa, é também entre 30-40% mais mortífera.
A descoberta de que se espalharia 30% a 70% mais rápido do que outras variantes levou à introdução de restrições antes do Natal e a um novo confinamento nacional em Inglaterra no início de janeiro com a duração de pelo menos seis semanas.
O Reino Unido é o quinto país no mundo com o maior número de mortes de Covid-19, 98.531 desde o início da pandemia, das quais mais de 30 mil mas últimas cinco semanas.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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