Estados-membros da UE adotam orientações sobre comprovativos de vacinação

28 de Janeiro 2021

Os Estados-membros da União Europeia (UE) adotaram esta quinta-feira orientações sobre comprovativos de vacinação contra a Covid-19 para fins médicos, de maneira a garantir a sua “interoperabilidade” e assegurar que o seu conteúdo é “uniforme”, anunciou a Comissão Europeia.

“Estas orientações visam apoiar a interoperabilidade dos certificados de vacinação, significando que o seu conteúdo é uniforme, e estabelecer um conjunto mínimo de dados para cada certificado”, refere o executivo comunitário em comunicado.

A Comissão frisa também que as orientações estabelecem “as bases para um quadro fiável que garanta a autenticidade e a integridade dos certificados” e que têm como objetivo criar um “esquema que possa acomodar meios digitais e de papel, garantindo a flexibilidade e a compatibilidade com as soluções nacionais existentes e uma proteção rigorosa dos dados pessoais”.

Em comunicado, a comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, “saudou” a adoção das orientações, sublinhando a necessidade de uma “abordagem comum aos certificados de vacinação” e referindo que deseja manter a “cooperação com a Organização Mundial da Saúde para expandir esta ferramenta ao nível global”.

“Certificados de vacinação interoperáveis são uma ferramenta importante durante a pandemia, mas também depois de a ultrapassarmos”, referiu a comissária.

As orientações sobre os certificados “visam sobretudo a vacinação contra a covid-19”, refere a Comissão, mas “podem ser usadas no futuro como base para comprovar o estatuto de vacinação”.

A adoção das orientações pelos Estados-membros surge após, no Conselho Europeu informal da semana passada, os líderes dos 27 terem concordado em “trabalhar para uma forma de comprovativo de vacinação com propósitos médicos que seja interoperável e padronizada”.

De fora ficou, no entanto, a proposta feita pelo primeiro-ministro grego, Kyriákos Mitsotákis – e apoiada por Portugal – de permitir que esses certificados de vacinação também possam ser utilizados para facilitar viagens no espaço comunitário.

“Existem questões em aberto e, por isso, quando for a altura adequada, iremos ter um debate amplo e um consenso entre os Estados-membros”, declarou, na altura, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre essa questão.

Entre as “questões em aberto” referidas, Von der Leyen destacou a ausência de respostas sobre se “a vacinação inibe a transmissão do vírus” e a “questão de por quanto tempo é a vacinação eficaz”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Consumo de droga em Lisboa aumentou e de forma desorganizada

Uma técnica de uma organização não-governamental (ONG), que presta assistência a toxicodependentes, considerou hoje que o consumo na cidade de Lisboa está a aumentar e de forma desorganizada, com situações de recaída de pessoas que já tinham alguma estabilidade.

Moçambique regista cerca de 25 mil casos de cancro anualmente

Moçambique regista anualmente cerca de 25 mil casos de diferentes tipos de cancro, dos quais 17 mil resultam em óbitos, estimaram hoje as autoridades de saúde, apontando a falta de profissionais qualificados como principal dificuldade.

Ana Povo e Francisco Nuno Rocha Gonçalves: secretários de estados da saúde

O XXV Governo Constitucional de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, anunciou a recondução de Ana Margarida Pinheiro Povo como Secretária de Estado da Saúde. Esta decisão reflete uma aposta na continuidade das políticas de saúde implementadas no mandato anterior.

APH apresenta novo site com imagem renovada e navegação intuitiva

A Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (APH) lançou um novo website, com design moderno, navegação intuitiva e recursos atualizados, reforçando o apoio à comunidade e facilitando o acesso à informação essencial.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights