Em comunicado, o município, do distrito de Lisboa, refere que a aquisição de equipamentos necessários à monitorização e tratamento de doentes infetados surge depois de se ter verificado “uma enorme pressão” nos serviços de urgência e internamento do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF).
“Em momentos difíceis como este que todos enfrentamos, o importante é termos a capacidade de perceber o que é importante e complementar esforços para conseguir dar resposta às necessidades das pessoas”, afirma Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora, citada no comunicado.
Ao longo dos últimos meses, segundo a autarquia, têm sido realizados investimentos para auxiliar a unidade hospitalar e os profissionais de saúde, nomeadamente através da aquisição e distribuição de equipamentos de proteção individual.
“[O município] estará sempre disponível, como tem estado até aqui, para contribuir para que sejam criadas melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde e melhor resposta aos utentes do HFF”, pode ler-se na nota.
De acordo com a Câmara da Amadora, todos os investimentos já executados no HFF servem para aumentar a capacidade de resposta e melhorar o nível de cuidados de saúde prestados aos munícipes.
Na nota, o município lembra ainda que, já este ano, foi aberta uma nova unidade de urgência dedicada a doentes e casos suspeitos de Covid-19, num investimento de 1,2 milhões de euros, assegurado pelas autarquias da Amadora e de Sintra.
O Hospital Fernando da Fonseca transferiu, na semana passada, 102 pacientes para outras unidades hospitalares, na sua maioria doentes infetados com Covid-19, indicou a assessoria do hospital.
Segundo o Hospital Amadora-Sintra, os problemas registados na rede de oxigénio medicinal no dia 26 de janeiro estiveram relacionados com dificuldades “em manter a pressão”, nunca tendo estado em causa “a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede”.
Os constrangimentos obrigaram à transferência de doentes “com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito”, ainda de acordo com a unidade hospitalar.
Nesse dia estavam internados no Hospital Amadora-Sintra 363 ‘doentes Covid-19’, tendo-se registado desde o início do ano um aumento de 400% de pacientes hospitalizados naquela unidade infetados com o novo coronavírus, com muitos deles a necessitarem “de oxigénio medicinal em alto débito”.
Entretanto, no sábado, a unidade hospitalar anunciou que já tinha a funcionar “em pleno” um novo tanque de oxigénio para alimentar em exclusivo a Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência Geral.
Numa informação publicada nas redes sociais, o Hospital Fernando da Fonseca (HFF) explicou que o novo tanque foi instalado na sexta-feira e tem uma capacidade para 4.300.000 litros de oxigénio.
“Este investimento permite uma melhoria significativa da estabilidade de débitos de oxigénio em toda a rede do HFF”, podia ler-se na nota.
O HFF referiu ainda que, ao longo das últimas semanas, a unidade hospitalar tem realizado “um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio, designadamente as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.227.605 mortos resultantes de mais de 102,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo.
Em Portugal, morreram 12.757 pessoas dos 726.321 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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