“É fundamental testar, garantir os rastreios e vacinar rapidamente a população”, salientou o líder comunista numa ação em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) junto ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal.
“A verdade é que o confinamento agressivo, como tem vindo a ser implementado, não só não resolve os problemas sanitários como coloca o país num inevitável para/arranca e cria outros problemas com consequências no futuro de Portugal e dos portugueses”, defendeu Jerónimo de Sousa.
Para o líder comunista, impõe-se a adoção destas três medidas fundamentais – testar, rastrear e vacinar -, com o objetivo de se atingir a imunidade de grupo necessária da população portuguesa até ao fim do verão.
Face à escassez de vacinas, Jerónimo de sousa defendeu também a necessidade de “aquisição de outras vacinas já autorizadas pela Organização Mundial de Saúde e outros países, ultrapassando resistências políticas”.
O dirigente do PCP acrescentou que o país “não pode ficar refém das decisões da Comissão Europeia, comprometida que está com os grandes grupos farmacêuticos, que olham para a produção das vacinas como um grande negócio e não como um bem público”, dando como exemplo o caso da AstraZeneca, que “apresentou recentemente os lucros de 2020, superiores a 159% face a 2019”.
Assegurando que a resposta aos problemas de saúde dos portugueses está no setor público e não nos privados, Jerónimo de Sousa apelou também à concretização, por parte do governo, de medidas inscritas no Orçamento do Estado, nomeadamente as propostas apresentadas pelo PCP, como a contratação de milhares de profissionais em falta, o aumento da capacidade de internamento do SNS, particularmente na área dos Cuidados Intensivos, e a contratação de mais dois mil profissionais para os cuidados de saúde primários.
Para o líder comunista, estas medidas são “decisivas para a resposta, não só à Covid-19, mas para a urgente recuperação dos atrasos e regresso à normalidade da atividade do SNS”.
No plano social, Jerónimo de Sousa defendeu também que os apoios às famílias que têm filhos a cargo, “devem ser pagos a cem por cento e não a 66 por cento [dos salários]” e que devem ser “alargados a famílias com filhos até aos 16 anos”.
LUSA/HN
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