“A vacina que estamos a administrar hoje é eficaz em 79,3 % para evitar que uma pessoa com a infeção desenvolva sintomas leves e, para outro caso, em que a pessoa já tenha sintomas leves, ela é em 100% eficaz para evitar sintomas graves”, disse à Lusa Armindo Tiago, momentos após ser vacinado no Hospital Central de Maputo, numa cerimónia simbólica que marca o arranque da campanha.
Trata-se da vacina Verocell, fabricada pela farmacêutica chinesa Sinopharm, e que resulta de uma doação do Governo de Pequim para Moçambique no âmbito da cooperação entre os dois Estados.
O plano de vacinação lançado hoje está estimado em quase dois mil milhões de meticais (23 milhões de euros) e vai dar prioridade aos profissionais que estão na linha da frente do combate à epidemia.
Além dos profissionais de saúde, o executivo moçambicano quer abranger na primeira fase de vacinação idosos que vivem em lares e trabalhadores destes espaços, bem como as Forças de Defesa e Segurança e pacientes com diabetes.
Moçambique quer vacinar 16 milhões de pessoas (toda a população adulta) contra a Covid-19 até ao final do primeiro trimestre de 2022, no cenário mais otimista.
Além da vacina oriunda da China, o país também recebeu hoje um total de 484.000 lotes, dos quais 384.000 são doadas no âmbito da iniciativa Covax e 100.000 são oferecidas pela Índia.
“O Governo moçambicano é responsável por garantir a saúde do seu povo e é nesta perspetiva que o executivo está a utilizar todos os meios possíveis para controlar a pandemia da Covid-19. Esforços estão a ser feitos para garantir que todos aqueles que sejam elegíveis sejam vacinados”, acrescentou o ministro da Saúde.
Moçambique tem um total acumulado de 693 mortes e 62.520 casos, dos quais 74% recuperados e 160 internados (a maioria em Maputo).
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.588.597 mortos no mundo, resultantes de mais de 116,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa/HN
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