Fundação Gulbenkian disponibiliza unidades móveis de vacinação

10 de Março 2021

A Fundação Gulbenkian vai disponibilizar ao Governo 50 unidades móveis para apoiar a vacinação contra a Covid-19, e as primeiras cinco fazem-se à estrada já na quinta-feira, rumo a Norte.

As primeiras cinco unidades móveis foram hoje apresentadas numa cerimónia em frente do Museu Calouste Gulbenkian, em que o secretário de Estado da Saúde e a presidente da Fundação sublinharam a importância da parceria para levar a vacinação a todos os recantos do país.

“Estas carrinhas são particularmente importantes para o acesso, por exemplo, a pessoas acamadas, em zonas de menor densidade populacional ou mais remotas do país”, sublinhou o secretário de Estado, Diogo Serras Lopes.

Para Isabel Mota, a iniciativa dá corpo a um lema antigo da Fundação Gulbenkian: estar onde é preciso.

“No meio de todas estas vontades e energias que estão a ser mobilizadas para a vacinação, há nichos em que não é fácil que as pessoas tenham o mesmo acesso. O nosso compromisso é estar ao pé dos mais vulneráveis”, explicou a presidente.

Do total de 50 unidades móveis, as primeiras vão apoiar a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), centrando-se sobretudo em cinco áreas: Gerês Cabreira, Alto Tâmega e Barroso, Marão e Douro Norte, Douro Sul e Feira Arouca.

“Vão sobretudo para as populações que estão acamadas e dependentes”, referiu o presidente da ARS Norte, Carlos Nunes, precisando que estão aí contabilizadas cerca de 25 mil pessoas nessa situação.

Depois desta primeira fase piloto no Norte, as restantes carrinhas, que permitem a vacinação ao domicílio e dentro das unidades de maior dimensão, vão ser disponibilizadas ao resto do país.

Também presente na cerimónia, o coordenador da ‘task force’ para a vacinação contra a Covid-19 também elogiou a disponibilização dos equipamentos, considerando que é ilustrativa da capacidade de adaptação necessária para cumprir o plano.

“Estas carrinhas representam não só uma preocupação massiva, mas também de encontrar aquelas pessoas que fugiriam à organização massiva porque estariam acamadas ou isoladas. É um exemplo dessa adaptabilidade que temos de ter ao processo”, disse o vice-almirante Gouveia e Melo.

Mais de 293 mil portugueses têm a vacinação contra a Covid-19 completa com as duas doses, de acordo com o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS), segundo o qual já foram administradas um total de 1.032.907 vacinas desde 27 de dezembro.

O mesmo relatório, divulgado na terça-feira, avança ainda que 739.662 pessoas já foram vacinadas com a primeira dose, o que representa 8% da população.

Lusa/HN

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