“A transferência de tecnologia deve ser concluída no segundo trimestre de 2021 e será seguida por uma produção comercial em grande escala”, anunciou num comunicado o Fundo de Investimento Direto Russo (FIDR), que financiou parcialmente o desenvolvimento de vacinas e está a negociar acordos de produção.
Este acordo soma-se ao anunciado na sexta-feira com outra farmacêutica indiana, a Stelis, para produzir 200 milhões de doses.
Outro acordo para a produção de 100 milhões de doses foi rubricado em novembro com a Hetero, também uma empresa indiana.
“Parcerias de vacinas são a única maneira de superar a pandemia. O mundo continua a sua luta contra o novo coronavírus e vemos um interesse crescente na Sputnik V”, disse Kirill Dmitriev, responsável pelo fundo soberano russo, citado no comunicado.
De acordo com o FIDR, a vacina russa já está autorizada em 54 países, cobrindo 1,4 mil milhões de pessoas.
No entanto, a Sputnik V não está licenciada na Índia, onde os testes clínicos estão em andamento.
Moscovo quer diversificar as fontes de produção da sua vacina, pois as suas capacidades ainda são limitadas e dedicam-se principalmente ao abastecimento da população russa.
A Sputnik V foi inicialmente recebida com ceticismo no estrangeiro, mas a sua confiabilidade foi validada em fevereiro pela revista científica The Lancet.
O seu pedido de aprovação está a ser examinado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2,7 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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