Numa mensagem divulgada a propósito do Dia Nacional do Dador de Sangue, que se assinala no sábado, a presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) lembra que este ano a comemoração repete os impedimentos do ano passado, por causa da pandemia de Covid-19, e sublinha que o confinamento não demoveu os dadores, nem mesmo aqueles que decidiram dar sangue pela primeira vez.
“A nossa vontade de agradecer e reconhecer a importância dos dadores de sangue, não só se mantém intacta, como cresceu. A pandemia e o confinamento não demoveram aqueles que exercem este ato de cidadania e amor ao próximo; e muitos foram aqueles que nesta situação adversa efetuaram a sua primeira dádiva”, escreve Maria Antónia Escoval.
Para assinalar a data, em conjunto com o IPST, a secção regional Sul da Ordem dos Médicos vai promover uma colheita de sangue na sede da instituição, em Lisboa, para a qual convidou os médicos.
A sessão é aberta também a outras pessoas que queiram participar.
Na informação que fez chegar aos profissionais de saúde, a Ordem dos Médicos Sul considera fundamental acautelar as reservas de sangue e apela a todos os dadores e a outras pessoas que tenham o desejo de doar sangue pela primeira vez para marcarem presença nesta sessão.
“De acordo com as normas do IPST, os profissionais de saúde que tenham tido contacto com doença COVID-19 nos últimos 14 dias (mesmo que com utilização de EPI e/ou vacinados) não são elegíveis para a dádiva”, alerta a informação divulgada pela ordem.
As condições essenciais de elegibilidade para a dádiva de sangue são ter 18 anos ou mais, peso igual ou superior a 50 kg e ser saudável.
No âmbito destas comemorações, o IPST destaca mais uma vez este ano “os dadores anónimos e dedicados que efetuaram muitas dezenas de dádivas ao longo da vida” e as figuras públicas que dão sangue e promovem a causa, “de forma voluntária e altruísta”.
Pela primeira vez este ano, o IPST formaliza a figura do Mensageiro da Dádiva, tendo pedido a figuras públicas que, através de vários materiais promocionais do instituto, divulguem através dos seus meios oficiais e redes sociais uma mensagem que promova a dádiva de sangue junto da comunidade.
“Esperamos que este conjunto de ações/esforços virtuais tenham um resultado muito positivo e real. A dádiva de sangue é uma causa de todos nós, graças a este gesto solidário, são salvas diariamente muitas vidas nos hospitais portugueses”, sublinha a mensagem da presidente do IPST.
A situação de pandemia “mudou muitos aspetos da nossa vida quotidiana”, afirma a responsável, sublinhando que “todavia, há coisas que não mudam. É necessário dar sangue para poder ajudar a salvar vidas e é preciso divulgar e destacar a importância da dádiva de sangue”.
Entretanto, Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA), em comunicado, congratulou-se com a mensagem de agradecimento que recebeu da presidente do IPST.
Nessa mensagem, que a associação partilhou, a responsável refere que a situação da reserva estratégica de sangue é neste momento confortável, mas lembra que “os componentes sanguíneos têm um período limitado de armazenamento”.
“Os dadores de sangue, sendo homens, só podem realizar a sua dádiva de 3 em 3 meses e, sendo mulheres, de 4 em 4 meses”, afirma, sublinhando que se desconhece qual vai ser a evolução da pandemia.
“Assim reitero o apelo a todos os dadores para que, dentro das suas possibilidades, procurem os serviços e as sessões de colheita de sangue de forma regular e faseada ao longo do tempo, uma vez que só assim será possível continuar a garantir as condições de distanciamento social, um melhor atendimento ao dador e a distribuição constante e regular de unidades de sangue aos hospitais”, conclui.
LUSA/HN
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