“Ele adotou uma ética de serviço que aplicou ao longo das mudanças sem precedentes do pós-guerra e, como o condutor exímio de carruagens que era, ajudou a guiar a família real e a monarquia”, afirmou Johnson, numa declaração no exterior da residência oficial de Downing Street.
Lembrando o seu heroísmo em combate durante a Segunda Guerra Mundial, a consciência ambientalista “antes de ser moda” e a criação de um popular programa de atividades dirigido aos jovens, o primeiro-ministro recordou também o apoio constante ao longo de mais de 70 anos de casamento à monarca britânica.
“É em Sua Majestade e na família que os pensamentos da nossa nação devem voltar-se hoje, porque eles perderam não apenas uma figura pública muito amada e altamente respeitada, mas um marido dedicado e um pai orgulhoso e amoroso, avô, e nos últimos anos, bisavô”, vincou.
Também Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, principal força da oposição, prestou homenagem ao serviço público de Filipe e destacou a “devoção à Rainha”.
“Durante mais de sete décadas, ele esteve ao lado dela. O casamento deles tem sido um símbolo de força, estabilidade e esperança, mesmo enquanto o mundo ao redor deles mudou – mais recentemente durante a pandemia. Foi uma parceria que inspirou milhões no Reino Unido e além”, disse, num comunicado.
O príncipe, também conhecido pelo título de Duque de Edimburgo, ia completar 100 anos em 10 de junho.
Tinha saído recentemente do hospital, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos, e encontrava-se no Palácio de Windsor.
Como consorte mais antigo do Reino Unido, realizou mais de 22 mil compromissos públicos individuais, e muitas vezes se descreveu de forma bem-humorada como “o inaugurador de placas mais experiente do mundo”.
Afastou-se das funções púbicas em 2017 e a sua morte não afeta a linha de sucessão, pois ele nunca fez parte dela, e o herdeiro continua a ser o príncipe Carlos.
LUSA/HN
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