03/03/2023
A Comissão dos Privilégios Parlamentares, que está a investigar se o antigo líder Conservador mentiu ao Parlamento sobre o chamado “partygate”, escreveu no documento que “as provas sugerem fortemente que as violações das regras teriam sido óbvias para Johnson na altura em que estas reuniões ilegais estavam a ter lugar”.
Johnson deverá testemunhar no inquérito conduzido pela comissão na semana de 20 de março para perceber se tinha ou não conhecimento de que as festas realizadas nos gabinetes do governo durante o confinamento imposto pela pandemia Covid-19 violavam a lei.
“Há provas de que aqueles que aconselhavam Johnson sobre o que dizer à imprensa e na Câmara (dos Comuns) acharam difícil manter que algumas reuniões estavam dentro das regras [do confinamento]”, acrescenta o documento divulgado hoje.
A comissão disse que também irá avaliar por que razão Johnson disse ao Parlamento que as regras não tinham sido transgredidas e porque não corrigiu as declarações na primeira oportunidade.
O antigo primeiro-ministro respondeu num comunicado que “não há provas no relatório” de que ele “conscientemente” enganou o Parlamento.
Johnson disse também ser “surreal” descobrir que a comissão “propõe confiar nas provas recolhidas e orquestradas” pela funcionária Sue Gray, “que acaba de ser nomeada chefe de gabinete do líder do Partido Trabalhista” Keir Starmer.
Funcionária pública com reputação de imparcialidade, Sue Gray ganhou notoriedade pelo seu relatório sobre o “partygate”, que detalhava, com emails e fotografias, uma série de festas com bebidas alcoólicas e altercações, música, e saídas matinais pelas portas das traseiras.
O anúncio da sua saída da administração pública para se juntar ao principal partido da oposição, que as sondagens sugerem que poderá ganhar as próximas eleições legislativas, gerou acusações na imprensa conservadora de uma conspiração para derrubar Boris Johnson.
A comissão parlamentar disse que o relatório que publicou na sexta-feira “não se baseava no relatório da Sue Gray”.
Se a comissão, formada por uma maioria de deputados do Partido Conservador, concluir que Boris Johnson mentiu deliberadamente, poderá penalizá-lo com a suspensão temporária do Parlamento, o que abre caminho a uma petição pública para o destituir do lugar de deputado.
LUSA/HN
25/06/2022
Esta decisão tem um “impacto maior do que se possa pensar”, afirmou o chefe do Governo britânico.
“Acredito que é um grande passo atrás”, declarou durante uma cimeira da Commonwealth em Kigali, no Ruanda.
“Continuo a acreditar no direito de escolha das mulheres”, acrescentou.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a decisão do Supremo Tribunal que anula o direito ao aborto constitui um “erro trágico” e é resultado de uma “ideologia extremista”.
LUSA/HN
12/06/2022
Por motivos de saúde, o primeiro-ministro cancelou a sua agenda a partir de quarta-feira e esteve impedido de participar nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na sexta-feira e no sábado, em Braga e em Londres.
“O primeiro-ministro, António Costa, retoma a sua agenda segunda-feira, com uma deslocação a Londres, onde será recebido pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O encontro realiza-se ao início da tarde na residência oficial do primeiro-ministro britânico – 10 Downing Street”, lê-se na nota.
No sábado, a agência Lusa avançou que os primeiros-ministros do Reino Unido e de Portugal preparam-se para fechar na segunda-feira, em Londres, um acordo político global para regular as relações bilaterais luso-britânicas após a saída do Reino Unido da União Europeia.
“Está a ser preparado um acordo chapéu entre os dois países, com particular incidência nas áreas da Defesa, política externa, ciência, Ensino Superior e alterações climáticas, em especial os oceanos”, adiantou à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, no final de uma visita ao Royal Brompton Hospital, em Londres, em que acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Também no sábado, mas ao início da noite, o Presidente da República considerou que o primeiro-ministro tem amadurecidas as condições para fechar um acordo global bilateral com o Reino Unido e defendeu que Portugal pode ser dentro da União Europeia ponte com este país.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na embaixada de Portugal em Londres, depois de questionado sobre a possibilidade de os primeiros-ministros António Costa e Boris Johnson concluírem na segunda-feira um acordo político global sobre o novo quadro de cooperação entre os dois países.
“O primeiro-ministro [António Costa] e o Governo português têm trabalhado muito nisso com o primeiro-ministro, Boris Johnson, e com o Governo britânico. Como o primeiro-ministro [português] estará em Londres na segunda-feira, isto significa que tem amadurecidas as condições para um passo em frente no sentido de um acordo”, defendeu o chefe de Estado.
Interrogado sobre a possibilidade de Portugal e o Reino Unido concluírem em breve um acordo bilateral também do ponto de vista comercial, embora sem colidir com as regras da União Europeia em relação a países terceiros, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que tal “é possível”.
“E já começou a ser preparado no anterior Governo, presidido pelo mesmo primeiro-ministro. Naquilo que não entra em confronto com a União Europeia, cada Estado-membro é livre de ter relações bilaterais”, frisou o chefe de Estado.
Neste ponto, o Presidente da República fez questão de apontar que “isso já aconteceu quanto a direitos variados, até políticos, de cidadãos britânicos em Portugal e de portugueses no Reino Unido.
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o acordo global a fechar entre Portugal e o Reino Unido, “não contradiz” as regras da pertença do país à União Europeia”.
“Esse acordo completa, mostrando que Portugal pode ser uma ponte muito interessante com o aliado tradicional Reino Unido dentro da União Europeia”, completou.
LUSA/HN
12/06/2022
Esta posição foi transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa num discurso que proferiu em inglês, no final de uma visita ao Imperial College de Londres, após o discurso do ministro da Educação do Reino Unido, Nadhim Zahawi, e do reitor deste estabelecimento de Ensino Superior, Francisco Veloso.
Dirigindo-se ao ministro britânico, o Presidente da República agradeceu que tivesse participado na sessão “a um sábado” e manifestou-se contente por saber que o membro do executivo de Boris Johnson é um fã do Manchester United de Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes.
“Mas quero dizer-lhe que enviámos não apenas um, mas várias centenas de `cristianos ronaldos´ para a vossa comunidade científica. Enviámos muitos e estou certo de que parte deles vai ajudar-vos muito. Eles estão entre os melhores dos nossos melhores”, completou o chefe de Estado, ainda na mesma mensagem destinada ao ministro da Educação do Reino Unido.
O Imperial College of London é especializado em engenharias, ciências naturais, medicina e economia, estando na lista das melhores universidades do mundo em termos de investigação científica.
Atualmente conta com 155 estudantes e mais de 100 professores e investigadores portugueses, mas pela instituição já passaram mais de 1200 portugueses, dos quais quase 600 estão atualmente em Portugal.
Entre os antigos alunos estão o ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal Manuel Heitor, que completou um doutoramento em Engenharia Mecânica em Londres.
Na universidade destaca-se o reitor da Imperial College Business School, Francisco Veloso, recrutado em 2017 da Católica Lisbon School of Business and Economics e especialista em Inovação e Empreendedorismo.
LUSA/HN
11/06/2022
“Uma marca de qualidade, uma das muitas marcas de qualidade no Reino Unido, é a vossa”, dirigindo-se esta manhã a um grupo de profissionais de saúde do hospital Royal Brompton, onde trabalham mais de 100 portugueses.
O chefe de Estado acrescentou que “foi um acaso muito feliz” que esta qualidade fosse comprovada pelo próprio primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que foi acompanhado pelo enfermeiro Luis Pitarma quando esteve internado no Hospital de St. Thomas durante uma semana em abril de 2022.
“Bastava ser por qualquer cidadão, mas deu um prazer especial ser a todos os níveis verificado”, confessou, sob risos e aplausos das cerca de três dezenas de pessoas, a grande maioria profissionais portugueses do estabelecimento de saúde.
Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu a “dedicação e humildade”, sobretudo durante a pandemia, que implicou “mais risco, mais horas extra, mais mais sacrifício familiar e da vida pessoal”.
“Isso não tem preço”, enfatizou.
Ao longo dos últimos 10 anos, reconheceu, “fomos enriquecendo o nosso aliado o Reino Unido com a qualidade dos nossos profissionais, em particular as nossas profissionais”, reconhecendo que a assistência era maioritariamente feminina.
Embora considere ser “um grande orgulho” ouvir elogios dos responsáveis do hospital sobre a competência dos portugueses, salientou que “não desistimos de vos ter em Portugal”.
“Para já têm de ir e vir (…) mas depois espero que, a seguir à experiência britânica, venham ter a experiência portuguesa novamente”.
Os hospitais Royal Brompton e Harefield, com instalações em Chelsea e em Harefield, ambos a oeste de Londres, constituem juntos o maior centro dedicado ao coração e pulmão no Reino Unido e um dos maiores da Europa para pessoas com doenças cardíacas e pulmonares, incluindo condições raras e complexas.
Estes hospitais foram pioneiros no transplante de coração e pulmão e na realização da primeira angioplastia coronária e abriram também o primeiro centro de fibrose cística adulta do Reino Unido.
Atualmente oferecem alguns dos tratamentos mais sofisticados e pioneiros no mundo, tendo recentemente aberto um novo centro de diagnóstico com tecnologia de imagem.
Por ano atendem mais de 200 mil doentes ambulatórios e quase 40 mil doentes internados.
Possuem aproximadamente quatro mil funcionários, 116 dos quais enfermeiros e médicos portugueses, e um orçamento de aproximadamente 500 milhões de libras por ano (585 milhões de euros).
O Presidente da República encontra-se em Londres entre para as celebrações do Dia de Portugal com a comunidade portuguesa do Reino Unido, que iniciou na sexta-feira.
Hoje começou o dia na Escola Anglo-Portuguesa de Londres, tendo previsto um almoço com representantes da comunidade portuguesa ligados às artes.
Na parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visita o Imperial College – último ponto do programa oficial até agora definido. No domingo, pelas 12:00, o Presidente da República parte para Andorra.
LUSA/HN