“Em linha com um pedido da Comissária da Saúde, na sequência de uma reunião dos ministros da Saúde da União Europeia, a EMA está a proceder a uma revisão dos dados de vacinação e dos dados sobre epidemiologia da doença, incluindo taxas de infeção, hospitalizações, morbilidade e mortalidade”, adiantou o regulador europeu em comunicado.
Segundo a agência, esta revisão do Comité de Medicamentos Humanos (CHMP) da EMA vai permitir às autoridades “colocar os riscos da vacina Vaxzevria no contexto dos benefícios das campanhas de vacinação” que estão a decorrer nos diversos Estados-membros.
“O CHMP vai também considerar a atualização das recomendações para a segunda dose da Vaxzevria nas pessoas que já receberam a primeira dose” desta vacina, avançou a EMA, ao reiterar “que os benefícios gerais da vacina continuam a superar os riscos”.
Segundo o comunicado, esta revisão, que decorre na sequência da reunião informal dos ministros da Saúde da UE realizada em 07 de abril, vai permitir apoiar as campanhas nacionais de vacinação sobre a melhor forma de administrar esta vacina.
A campanha de vacinação da UE tem sido marcada por atrasos na entrega de vacinas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e pelos efeitos secundários do seu fármaco, dada a confirmada ligação a casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Moderna, Vaxzevria (novo nome da vacina da AstraZeneca) e Janssen.
Em 08 de abril, as autoridades de saúde portuguesas recomendaram a administração da vacina da AstraZeneca em pessoas acima dos 60 anos de idade, depois de a EMA ter indicado uma “possível ligação” entre este fármaco e “casos muito raros” de formação de coágulos sanguíneos.
Dos cerca de nove milhões de vacinas que Portugal prevê receber neste segundo trimestre, 1,6 milhões de doses são da AstraZeneca.
LUSA/HN
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