O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que inclui os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, apresentou ao Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga (ACES BV) o projeto para o rastreio do cancro da laringe, “para possibilitar o diagnóstico precoce, que cria uma ponte mais fluida entre o CHBV e as instituições que integram o ACES do Baixo Vouga”, explica uma nota de imprensa.
A iniciativa partiu do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do CHBV que se reorganizou no sentido de reduzir os tempos de espera para consultas de especialidade e que criou, em 2019, o Laboratório da Voz.
Único na região, o laboratório está equipado de forma a garantir aos utentes “o melhor tratamento preventivo e curativo da voz e dos sistemas que lhe estão associados”.
“A partir de agora, os médicos de família têm a possibilidade de referenciar para uma primeira consulta de ORL os utentes com fatores de risco e, por isso, mais suscetíveis de desenvolver uma neoplasia da laringe”, dá conta a mesma nota.
Segundo é indicado, os utentes com fatores de risco devem “conversar com o seu médico de família que, se considerar pertinente, reencaminhará para a respetiva consulta e rastreio”.
“O principal fator de risco para o cancro da laringe é o consumo de tabaco associado ou não ao consumo moderado de bebidas alcoólicas”, salienta o Centro Hospitalar, que se compromete “a responder, com brevidade, a esses pedidos e a realizar os respetivos rastreios que, no caso específico do cancro da laringe, podem fazer a diferença”.
Estima-se que em Portugal surjam, todos os anos, mil novos casos de cancro da laringe, “uma doença tratável desde que precocemente diagnosticada”.
De acordo com a fonte hospitalar, “há que estar atento aos sintomas que podem ser associados ao cancro da laringe ou a outras patologias da laringe”, tais como rouquidão por mais de duas semanas, sensação de aperto ou corpo estranho, dor de garganta persistente ou dificuldade em engolir, tosse persistente, dificuldade em respirar ou mudança de voz.
LUSA/HN
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