Alemanha coloca Algarve e Açores na lista de zonas de risco

16 de Abril 2021

A Alemanha colocou esta sexta-feira a região do Algarve e os Açores na lista de zonas de risco face à pandemia de Covid-19, com os turistas alemães a terem de cumprir uma quarentena de dez dias no seu regresso.

A medida aplica-se a partir de domingo, segundo o instituto de vigilância sanitária alemão Robert-Koch (RKI), no entanto, os turistas provenientes desta região do sul de Portugal, um dos destinos turísticos preferidos, poderão interromper a quarentena ao fim de cinco dias em caso de teste negativo.

O arquipélago dos Açores também se junta a esta lista, a par da região autónoma espanhola de Castillha- La Mancha e os Emirados Árabes Unidos devido a elevadas taxas de incidência.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro português anunciou que os concelhos de Moura, Odemira, Portimão e Rio Maior vão regressar na segunda-feira às regras que vigoravam no continente português antes do atual processo de desconfinamento, devido à evolução da Covid-19.

Segundo António Costa, a generalidade dos concelhos do continente segue em frente para a terceira fase do plano de desconfinamento do Governo, a partir de segunda-feira, mas há sete municípios que ficam retidos na segunda fase, mantendo as medidas hoje em vigor, e outros quatro concelhos que, por terem uma grande incidência da Covid-19, voltam à primeira fase deste plano de desconfinamento iniciado em 15 de março.

Segundo o primeiro-ministro, nestes quatro municípios, com uma incidência de 240 casos por 100 mil habitantes, volta a estar em vigor a proibição de circulação interconcelhia “e, portanto, as pessoas têm o dever de se manter no seu concelho, com as exceções que são conhecidas, em particular a necessidade de terem de ir trabalhar ou de dar apoio a qualquer familiar”. A medida aplica-se todos os dias da semana.

Pelo contrário, a Alemanha retirou o Reino Unido das zonas de risco face à pandemia de Covid-19, anunciaram hoje autoridades, e quatro meses após terem suspendido temporariamente as suas ligações com o país devido ao surgimento de uma mutação do vírus.

O Reino Unido cumpriu desde o início de janeiro um confinamento pela terceira vez, mas atualmente regista menos de 3.000 casos por dia devido a uma vasta campanha de vacinação.

A partir de domingo, os passageiros que chegarem à Alemanha provenientes do Reino Unido já não serão forçados a submeter-se a uma quarentena de dez dias, indicou o Instituto de vigilância sanitária Robert-Koch (RKI).

Na segunda-feira o Reino Unido reabriu os bares e restaurantes no exterior, e ainda os cabeleireiros, após um encerramento de três meses.

Com mais de 127.000 mortos por Covid-19, o país permanece o mais atingido em toda a Europa.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Fundador da Joaquim Chaves Saúde morre aos 94 anos

O farmacêutico Joaquim Chaves, fundador da Joaquim Chaves Saúde, morreu hoje aos 94 anos, anunciou o grupo, afirmando que foi “referência incontornável na área da saúde” em Portugal.

Portugal registou 120 novos casos de VIH em 2023

Portugal registou 924 novos casos de infeção por VIH em 2023, mais 120 do que no ano anterior, com o diagnóstico a ocorrer maioritariamente em homens, indica o relatório “Infeção por VIH em Portugal 2024” divulgado hoje.

Sónia Dias: “Ciência da Implementação pode ser catalisador para adoção de políticas baseadas em evidências”

Numa entrevista exclusiva ao Healthnews, Sónia Dias, Diretora da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), destaca a criação do Knowledge Center em Ciência da Implementação e o lançamento da Rede Portuguesa de Ciência da Implementação como iniciativas estratégicas para “encontrar soluções concretas, promover as melhores práticas e capacitar profissionais e organizações para lidarem com os desafios complexos da saúde”

MAIS LIDAS

Share This