“Estamos muito felizes por anunciar a alta do último paciente do centro de tratamento, um idoso, que mostra que quanto mais cedo se iniciar o tratamento do Ébola, melhores serão as hipóteses de sobrevivência”, disse o diretor de saúde de Nzérékoré, Soko Touaro, a um jornal local.
Depois de a última paciente confirmada, Seny Gouhara, ter tido alta, no sábado, as cerca de 30 pessoas registadas como tendo tido contactos com aquela doente foram retiradas da situação de acompanhamento, pelo que a contagem decrescente, de 42 dias, para declarar o fim do surto começou oficialmente no domingo.
O país confirmou o primeiro caso deste surto de Ébola – numa enfermeira da cidade de Gouéké, que morreu entre 27 e 28 de janeiro – em 13 de fevereiro e lançou a campanha de vacinação contra a doença em 23 de fevereiro, em N’Zérékoré, após ter recebido um lote de 11.000 vacinas.
De acordo com os últimos dados da OMS, desde 16 de abril, 12 pessoas (cinco confirmadas e sete possíveis) de um total de 23 casos morreram na Guiné-Conacri desde a deteção deste surto, o primeiro após a grande epidemia desencadeada entre 2014 e 2016 na África Ocidental, cujos primeiros casos surgiram precisamente neste país, no final de 2013.
Foi o pior surto da história, com 1.300 mortes e mais de 28.500 foram infetadas, embora estes números, segundo a OMS, possam ser conservadores.
O vírus de Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue e fluidos corporais contaminados de pessoas ou animais, causa febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%, se não for tratado a tempo.
LUSA/HN
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