Cerca de três centenas de enfermeiros exigem mais direitos em manifestação em Lisboa

12 de Maio 2021

Cerca de três centenas de enfermeiros estão esta quarta-feira a desfilar pela Avenida da Liberdade, em Lisboa, numa manifestação que visa assinalar o Dia Internacional do Enfermeiro e exigir a resolução dos problemas que afetam a classe.

A manifestação teve início com uma concentração no Marquês Pombal às 11:00, de onde os enfermeiros partiram em desfile em direção à Praça dos Restauradores, ao som de bombos e entoando palavras de ordem como “Resolver é o que interessa, estamos fartos de conversa”, “Governo escuta, enfermeiros estão em luta”, “Queremos formação, exigimos valorização” e “Com a pandemia a contratação já é tardia”.

Os enfermeiros desfilam ordeiramente pela Avenida da Liberdade, cumprindo as medidas de segurança contra a Covid-19, usando todos máscara e com distância uns dos outros, segurando faixas com fotos de enfermeiros e com mensagens como “Carreira Única” ou “Não somos descartáveis”.

Ao longo do desfile, acompanhado por agentes da PSP, que vão cortando o trânsito à passagem dos manifestantes, os enfermeiros com bandeiras vermelhas e azuis do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) vão fazendo pausas e repetindo as palavras de ordem entoadas por sindicalistas.

Uma fonte policial adiantou à agência Lusa que estão presentes no protesto cerca de 300 enfermeiros.

A manifestação é promovida pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que assinala assim o Dia Internacional do Enfermeiro, exigindo ao Governo “soluções urgentes” para os problemas destes profissionais de saúde e da profissão.

Na manifestação, cada enfermeiro presente tem “uma história de empenho e de responsabilidade, mas também de revolta e de desmotivação” para contar, segundo o SEP.

Os enfermeiros afirmam que “o Governo mantém a injustiça de não progredir 20 mil enfermeiros e promove outras” como a “sistemática desregulamentação dos horários de trabalho”, a “contratação precária” e “o aumento dos contextos de trabalho a que os enfermeiros têm que dar resposta sem aumentar o número de efetivos”.

LUSA/HN

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