01/06/2023
Num comunicado hoje divulgado, o IPO Lisboa explica que este tratamento, assente na modificação genética de células, está indicado em casos de leucemia linfoblástica aguda B, mais concretamente em segundas recaídas, recaídas após transplante de medula ou em doença refratária.
Trata-se de uma forma de imunoterapia, tratamento que recorre ao próprio sistema imunitário do doente para combater a doença, pioneira em Portugal na área da leucemia pediátrica.
Segundo o IPO Lisboa, o processo inicia-se com a colheita de linfócitos (células que fazem parte do grupo dos glóbulos brancos) dos doentes e encaminhamento para o laboratório de criobiologia, após o que seguem para laboratórios dos Estados Unidos e Europa que fazem a modificação genética.
Posteriormente, as células modificadas são novamente introduzidas no sangue do doente, através de um cateter venoso, num processo semelhante a uma transfusão.
Estas células modificadas – designadas como células CAR-T – “conseguem detetar as células tumorais no organismo do doente e vão atacar diretamente as células malignas e ajudar a eliminá-las”.
O processo, segundo o IPO Lisboa, “envolve a preparação da criança com quimioterapia e um acompanhamento permanente do seu estado clínico”.
Este primeiro procedimento em crianças com recurso a células CAR-T foi realizado no passado mês de dezembro a uma doente, na altura com 13 anos, que se encontrava já na terceira recaída de uma leucemia linfoblástica aguda tipo B.
Os tratamentos anteriores não tinham conseguido eliminar completamente as células tumorais, “persistindo uma quantidade de doença residual que não permitia realizar um transplante de medula com garantias de sucesso”, explica a nota.
“Atualmente, a menina encontra-se estável e sem sinais de doença”, explica a instituição no comunicado divulgado hoje, quando se assinala o Dia Mundial da Criança.
O IPO Lisboa é Centro de Referência (CR) de Oncologia Pediátrica, em colaboração com o Centro Hospitalar Lisboa Central e com o Centro Hospitalar Lisboa Norte.
LUSA/HN
23/05/2023
A iniciativa da ADTI visa “destacar a importância do fator genético das doenças relacionadas com a tiroide”.
De acordo com os especialistas, a tiroide é uma glândula “responsável pela produção de diversas hormonas reguladoras do metabolismo do corpo que afetam o crescimento e desenvolvimento pessoal. Desta forma, quando as mesmas não são produzidas, afetam os mais diversos órgãos, o que resulta nos mais distintos problemas de saúde.”
O desequilíbrio desta glândula resulta em sintomas como fadiga, fraqueza muscular, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, problemas de visão e problemas no ciclo menstrual. Assim, o seu diagnóstico é feito através de testes de função da tiroide, que podem ser realizados a partir de uma simples análise ao sangue ou pela análise dos níveis hormonais.
A ADTI reforça que “o diagnóstico precoce pode permitir um tratamento adequado e a recuperação de alguma da qualidade de vida perdida na sequência dos problemas que afetam esta pequena glândula”.
Estima-se que a nível mundial 200 milhões de pessoas vivam com algum distúrbio da tiroide. Em Portugal, prevê-se que afete um milhão de pessoas, embora ainda exista um grande desconhecimento das doenças associadas a esta glândula, bem como em relação à forma como estas se manifestam.
O rastreio decorre entre as 8h30 e as 13h, na Praça do Oriente, Parque das Nações, em Lisboa.
PR/HN/VC
22/05/2023
No âmbito do mês do coração, as duas organizações lançaram a campanha de sensibilização “Na Rota do Colesterol”. A iniciativa visa “alertar para a importância da monitorização dos valores de colesterol como método de prevenção para as doenças cardiovasculares, como o AVC e o enfarte do miocárdio, entre outras.”
Para tal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose realizam um rastreio gratuito ao colesterol total a todos aqueles que tiverem interesse, incluindo sobreviventes de enfarte do miocárdio.
Em comunicado, as organizações sublinham que “colesterol tem um impacto que a grande maioria das pessoas ainda desconhece ou não controla, já que a sua acumulação é progressiva e assintomática”.
Com o mote “Escolha uma rota pelo seu coração”, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose destaca a “importância de reduzir os níveis de colesterol LDL e alertar para o grande risco de enfarte cardíaco (…) em particular para os sobreviventes que já tiveram um destes eventos ou que são familiares próximos de pessoas que tiveram estes eventos”, e, segundo o Professor Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), “não podemos ignorar que morrem, em média, cerca de 80 pessoas por dia, devido a patologia cardiovascular.”
Os rastreios decorrem entre as 10h e as 20h, no Centro Comercial Colombo.
PR/HN/VC
17/05/2023
“Porque as obras não começaram, entendemos que ainda é possível proceder à revisão do projeto do novo Hospital de Todos os Santos [a construir na freguesia lisboeta de Marvila], bem como de outras estruturas hospitalares a implementar no futuro, nas mesmas condições, com a introdução no mesmo das técnicas implícitas ao conceito de isolamento de base”, afirmou o deputado municipal do PSD Francisco Domingues.
A moção do PSD para a operacionalidade dos hospitais em caso de sismo foi aprovada por maioria, com a abstenção do PS e os votos a favor dos restantes deputados municipais.
As técnicas de isolamento de base na construção de equipamentos como hospitais “são de grande importância para todos aqueles que residem, trabalham ou visitam a cidade de Lisboa, para que estejam mais protegidos em caso de ocorrência de um sismo”, apontou o social-democrata.
Francisco Domingues disse que vários especialistas alertaram para a problemática decorrente do projeto base do futuro Hospital de Todos os Santos, a construir na freguesia de Marvila, “que será garantidamente de grande importância no socorro aos feridos decorrentes de um eventual abalo sismo e de tal projeto não ter contemplado o isolamento base, ou seja, um sistema de fundações com pilares móveis que, na prática, quase separam as fundações do edifício das deslocações do solo”.
O deputado do PSD sublinhou o histórico de Portugal em termos de ocorrências sísmicas, em que se destaca o terramoto de Lisboa em 1755, que provocou a destruição quase completa da cidade e que causou milhares de vítimas mortais, e lembrou os recentes sismos na Turquia e na Síria.
“É de capital importância, obviamente, tentar minimizar ao máximo o número de vítimas através da prevenção do colapso de edifícios e outras estruturas […], bem como garantir que estruturas estratégicas se mantenham operacionais, como sejam hospitais, quartéis de bombeiros, centros operacionais da proteção civil, esquadras de polícia e de outras forças de segurança e outras estruturas utilizadas por agentes de proteção civil”, declarou.
Antes da votação desta moção, coincidentemente, a assembleia fez um simulacro de sismo e incêndio, o que obrigou à interrupção da reunião.
Por iniciativa do PEV, os deputados viabilizaram duas recomendações dirigidas à câmara, uma para melhorar o serviço da carreira 728 da Carris e a qualidade do transporte coletivo ao longo do eixo marginal e outra para a reavaliação de percursos e horários de carreiras de bairro.
A assembleia aprovou ainda uma recomendação do PSD para que a câmara lance uma campanha de sensibilização sobre o cumprimento do Código da Estrada, dirigida aos condutores de veículos automóveis, ciclomotores ou velocípedes, e de outros meios de mobilidade suave, designadamente trotinetas, ‘skates’, ‘hoverboards’ e patins, e que instrua a Polícia Municipal de Lisboa e a empresa EMEL para o reforço da fiscalização em termos de circulação e de estacionamento.
LUSA/HN
19/04/2023
A campanha, que encerra hoje, decorreu de setembro a dezembro de 2022 e contou com a colaboração de particulares e 265 empresas de todo o país e permitiu a recolha de 156 toneladas de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados nos mais de nove mil pontos de recolha da rede Electrão e também em recolhas porta-a-porta de eletrodomésticos na Área Metropolitana de Lisboa, anunciaram o IPO e a Electrão em comunicado conjunto.
Foram recolhidas 12 toneladas de pilhas e baterias e 144 toneladas de equipamentos elétricos.
A associação promotora da reciclagem alerta para a necessidade de encaminhar os materiais elétricos para os devidos pontos de recolha, para evitar poluição do ar, solo e água e a libertação de compostos químicos que afetam a saúde humana.
“Ao dar as mãos ao IPO, no âmbito desta campanha, a Electrão reforça a sua missão que é também a de proteger a saúde pública”, disse, citado no comunicado, o presidente executivo da Eletrão, Pedro Nazareth.
A presidente do Conselho de Administração do IPO Lisboa, Eva Falcão, sublinhou a importância que esta campanha teve não só a nível de saúde pública e de consciencialização social, mas também no que toca à saúde dos doentes do IPO Lisboa.
“Ao converter as toneladas de resíduos recolhidas em dinheiro, que se traduzirá em equipamento médico, estamos a melhorar a vida de quem mais precisa: os doentes”, afirmou Eva Falcão.
LUSA/HN