Câmara de Lisboa vai investir 40 milhões de euros em centros de saúde até 2027

17 de Maio 2024

A câmara de Lisboa vai investir 41 milhões de euros até 2027 em infraestruturas de novos centros de saúde na capital, anunciou hoje o presidente do município, Carlos Moedas, na inauguração da nova Unidade de Saúde da Ajuda.

Carlos Moedas (PSD) considerou que “o investimento que a Câmara Municipal de Lisboa está a fazer na área da saúde é um investimento histórico”, através do qual o município está a fazer a sua parte na necessária contribuição de todos os setores para a valorização do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Moedas destacou que, desde a entrada em funções do atual executivo, em outubro de 2021, já foram investidos pela Câmara Municipal de Lisboa mais de 21 milhões de euros em cinco centros de saúde, entre os quais a nova Unidade de Saúde da Ajuda, hoje inaugurada.

“Até 2027 vamos investir mais 41 milhões [de euros] em centros de saúde. Portanto, é um investimento muito grande, é o que eu chamo de ‘estado social local’, em que a câmara municipal investe nas infraestruturas”, disse.

Ao lado da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, Moedas salientou que os municípios, que receberam competências da administração central na área da saúde, têm “o papel de complementar aquilo que é a base do sistema”, que todos têm de defender, que é o SNS.

“Isto é um trabalho de muito, muito, muito longo prazo, porque vimos a investir na saúde desde há muitos anos, mas neste executivo já investimos mais de 20 milhões e vamos investir mais de 40 milhões, portanto são 60 milhões nestes anos”, reiterou.

Com a descentralização de competência da administração central para os municípios, as autarquias ficam responsáveis pelas infraestruturas de saúde, embora o trabalho clínico continue sob a responsabilidade do Ministério da Saúde.

A nova Unidade de Saúde da Ajuda, na Calçada da Boa Hora, substitui o antigo centro de saúde, que funcionava num edifício de habitação, sem condições adequadas, e representou um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros, cofinanciados pelo PT2020, para servir mais de 15.000 utentes.

LUSA/HN

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