“Quem deve prevenir não conseguiu prevenir e quem deveria prevenir são, naturalmente, as entidades responsáveis por isso”, mas também “são todo os cidadãos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.
Comentando os festejos em Lisboa da vitória do Sporting frente ao Boavista, que deu o título de campeão nacional ao clube de Alvalade, Marcelo referiu “esperar que daqui por 15 dias, três semanas”, o país não tenha “notícias menos boas por causa da euforia” relativamente à pandemia de covid-19.
“Foi uma noite que não correu tão bem em termos de saúde pública, mas não generalizemos”, disse, acrescentando que “o que aconteceu ontem [terça-feira] não deve ser padrão para as próximas semanas e meses”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “se toda a gente” no plano político, religioso e desportivo, entre outros, começar a entender que desconfinar significa “não observar nenhumas regras”, isso pode levar a “situações que não são boas para ninguém”.
“Vamos esperar que não tenha custos para o conjunto de lisboetas”, mas isso “só saberemos dentro de 15 dias ou três semanas”, referiu.
Questionado pelos jornalistas se os acontecimentos em Lisboa fragilizam o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Marcelo não respondeu.
Adeptos do Sporting e elementos das forças de segurança entraram na terça-feira em confronto nas imediações do Estádio José Alvalade, quando o jogo entre Sporting e Boavista, para a 32.ª jornada da I Liga de futebol, se encontrava no intervalo.
Após várias horas de ambiente de festa com milhares de adeptos do Sporting, que esperam à volta do recinto pela conquista do primeiro título de campeão nacional em 19 anos, as forças de segurança avançaram perto da zona das instalações das claques ‘leoninas’, de acordo com as imagens divulgadas pelos meios de comunicação.
LUSA/HN
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