Numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde, em resposta a perguntas do deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira, a ministra disse que o Governo não tem qualquer intenção de encerrar serviços ou de diminuir a oferta de serviços nos hospitais, mas sublinhou que a reorganização das urgências nas áreas metropolitanas continua a ser uma necessidade para se conseguir “um funcionamento mais eficiente e para não ter roturas em determinadas épocas do ano, face a aposentações e a férias”.
“É um caminho para melhoria da sustentabilidade da resposta continua e sem interrupções”, acrescentou.
Marta Temido foi por diversas vezes questionada na audição de hoje sobre as urgências, designadamente para explicar qual o entendimento do Governo relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que admite mudanças no modelo de organização de urgências metropolitanas e regionais, assim como a revisão das redes de referenciação para as várias especialidades hospitalares.
Sobre a necessária restruturação das urgências em áreas metropolitanas, Marta temido afirmou: É um tema a que teremos de voltar quando tivermos condições de alocar a este processo o tempo de que necessita e as condições de análise da realidade e de aceitabilidade social”, para que se compreenda como se pretende uma gestão de recursos mais eficiente nesta área.
Durante a audição, a ministra da Saúde admitiu que pode ser preciso reorganizar serviços, como as urgências, redistribuir recursos e fazer adaptações para garantir “as melhores respostas” às necessidades assistenciais dos portugueses.
Questionada se está prevista alguma concentração de urgências, a ministra respondeu que “a obrigação do Governo é responder aos portugueses, às suas necessidades assistenciais” e que “isso será feito considerando quais são as melhores respostas em cada momento e a necessidade que possa existir de reorganizar serviços, redistribuir recursos e fazer adaptações”.
“Tenho a certeza de que o que os portugueses querem, independentemente do local onde vivem, é ter acesso a bons serviços, não necessariamente a serviços pulverizados em todo o lado”, afirmou ainda Marta Temido, garantindo: “Não é intenção a destruição de serviços, pois os serviços não existem para satisfação dos profissionais, mas sim para responder às necessidades das populações”.
LUSA/HN
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