OMS lança apelo urgente de 5,74 milhões de euros para setor da saúde na Palestina

20 de Maio 2021

A OMS estimou esta quinta-feira que 5,74 milhões de euros são necessários ao longo de seis meses para responder ao agravamento da crise de saúde na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, submetida a bombardeamentos israelitas.

Num “apelo de emergência”, o escritório da Organização Mundial da Saúde para o Mediterrâneo Oriental declarou que as necessidades “para uma resposta completa” sejam de sete milhões de dólares (5,74 milhões de euros) ao longo dos próximos seis meses, para financiar nomeadamente o envio de suprimentos médicos essenciais aos territórios palestinianos.

Desde que a escalada de violência entre Israel e palestinianos começou há quase duas semanas, pelo menos 240 pessoas morreram, a grande maioria palestinianos, e outros milhares ficaram feridos.

Segundo a OMS, é necessário enviar equipamentos para cirurgia de trauma, mas também para combater a pandemia de Covid-19 nos territórios palestinianos.

A organização internacional também recomendou “a formação de pessoal médico” para atender ao grande número de feridos, o auxílio ao setor de saúde mental ou o envio de pessoal especializado.

Há dez dias, em resposta aos disparos de foguetes do Hamas, o movimento islâmico no poder em Gaza, o exército israelita tem bombardeado o enclave palestiniano. Os confrontos também aumentaram na Cisjordânia ocupada entre jovens palestinianos e forças israelitas.

A OMS referiu que “42 trabalhadores da saúde ficaram feridos e 24 hospitais ou centros de saúde foram danificados”.

Em Gaza, o único laboratório que realiza testes para a doença Covid-19 (SARS-CoV-2) foi atingido na segunda-feira por um ataque israelita.

De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, as atuais paralisações não permitem que as suas equipas acompanhem as pessoas infetadas pelo novo coronavírus e deem continuidade à campanha de vacinação.

Antes da escalada militar, as autoridades de Gaza realizavam uma média diária de 1.600 testes que apresentavam uma das taxas de casos positivos mais elevadas do mundo (28%) e as unidades de tratamento em hospitais estavam sobrelotados com pacientes.

LUSA/HN

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