Centro Hospitalar da Cova da Beira promove rastreio à escoliose nos adolescentes

21 de Maio 2021

Detetar precocemente eventuais alterações ou desvio da coluna nos adolescentes e ajudar a corrigir ou tratar esta patologia é o objetivo de um rastreio escolar, promovido pelo Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), divulgou esta sexta-feira a instituição.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o CHUCB refere que o “programa intensivo de rastreio escolar no âmbito da escoliose do adolescente”, da responsabilidade do Serviço de Medicina Física e Reabilitação daquela unidade hospitalar, vai abranger, numa primeira fase, mais de 700 alunos do concelho da Covilhã, tendo por referência a faixa etária dos 12 anos “por se tratar de uma idade em que o desenvolvimento músculo-esquelético do indivíduo sofre grandes alterações”.

A doença, em fase grave ou avançada, caracteriza-se por “deformidades estéticas significativas, complicações cardiopulmonares, neuromusculares e dor”, acrescenta a nota.

O programa, que tem início segunda-feira, será posteriormente alargado às escolas do Fundão e Belmonte, contando com a participação das Câmaras Municipais dos três concelhos da Cova da Beira.

“A extensão deste programa a todos os municípios da Cova da Beira visa alertar e sensibilizar professores, pais e comunidade em geral, da área de influência direta do CHUCB, para este verdadeiro problema de saúde pública, que, não sendo tratado atempadamente, pode deixar marcas irreversíveis e sem tratamento específico, na vida adulta”, refere o comunicado.

Acrescenta que todas as situações sinalizadas durante as várias ações de rastreio – realizadas por um médico fisiatra e técnicos de fisioterapia do CHUCB – “serão referenciadas para consulta da especialidade no hospital ou acompanhamento do médico de família, conforme a gravidade de cada caso”.

De entre os fatores de risco potenciadores da escoliose no adolescente conta-se o excesso de peso, défice de horas de sono, transporte inadequado do material escolar, ausência de atividade física, mobiliário desajustado às necessidades escolares e adoção de posturas incorretas durante as aulas, acrescenta a nota.

LUSA/HN

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