Governo sugere alargamento ao país do projeto “Noite Saudável das Cidades do Centro de Portugal”

26 de Maio 2021

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, sugeriu esta quarta-feira que o projeto “Noite Saudável das Cidades do Centro de Portugal” seja transformado em “Noite Saudável de Portugal” e alargado a outras regiões e municípios do país.

A governante, que falava na abertura da 3.ª e última sessão do fórum 2021 do projeto “Noite Saudável das Cidades do Centro de Portugal”, promovido pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no âmbito do subprojeto “Contextos Recreativos Noturnos e Violência Interpessoal. Pensar a Prevenção. Uma Perspetiva de Saúde Pública e de Trabalho em Rede”, deu os parabéns às entidades e aos municípios envolvidos e apontou a possibilidade deste ser adaptado “aos conceitos específicos dos territórios”.

A ministra deu conta da “vontade” de “alargar” o projeto e “em vez de ser a ‘Noite Saudável das Cidades do Centro de Portugal’”, colocou o desafio para ser transformado “na ‘Noite Saudável de Portugal’”.

Segundo Ana Abrunhosa, era “muito importante” que a iniciativa pudesse ser levada “a outras regiões, a outros municípios” e ser transformada num projeto nacional.

“Certamente, é um grande desafio, mas é um desafio que eu estou a colocar, mas que acredito que todos os colegas do Governo abraçarão, também, com a vontade e com o espírito de missão que os caracteriza”, rematou.

O projeto “Noite Saudável das Cidades do Centro de Portugal” é uma iniciativa apoiada pelo Centro2020 e conta com a colaboração de 25 autarquias da região Centro do país, entre outras entidades.

O projeto, desenvolvido entre 2018-2021, com coordenação de João Redondo e Diana Breda, tem como objetivos a prevenção da violência interpessoal, do abuso e consumo de álcool e de drogas ilícitas e da sinistralidade rodoviária.

Na sessão de abertura do fórum, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Sales, referiu, numa mensagem gravada em vídeo, que a violência interpessoal constitui uma preocupação familiar, social e política e que merece “a melhor atenção”.

António Sales disse que a violência interpessoal, “que tem vindo a ganhar visibilidade ao longo dos anos, deve ser encarada como um problema de saúde pública à escala global, como uma grave violação dos direitos humanos, que choca com os valores democráticos e civilizacionais”, que deve ser reprovada e prevenida, “conscientes do impacto negativo que pode ter na qualidade de vida e na saúde das vítimas”.

Na mesma cerimónia, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, agradeceu o trabalho desenvolvido e reconheceu que as questões das vivências da noite continuam “muito prementes” e o foco é na ideia de que uma noite saudável tem de ser “segura para todas as pessoas”.

Depois de apontar que os ambientes de recriação noturnos agudizam os riscos de violência a que as raparigas e as mulheres estão expostas, referiu que, no âmbito da violência doméstica, o Governo está a procurar ampliar as respostas da rede nacional de apoio às vítimas.

Segundo a governante, foi lançado um aviso para as respostas de apoio psicológico, que vão permitir recrutar “mais de 50 profissionais de psicologia”, para apoio à saúde mental das crianças e jovens que são vítimas diretas de violência doméstica.

O fórum que hoje decorre em Coimbra, via presencial e ‘online’, inclui debates e apresentações de boas práticas dedicadas à temática da Prevenção da Violência Interpessoal e Promoção da Saúde Mental.

LUSA/HN

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