“Face às restrições que ainda existem sobre um conjunto de vacinas, nomeadamente sobre a da Janssen, podemos ter um problema de perder para o plano nacional 3,6 milhões de vacinas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo na reunião no Infarmed, em Lisboa, que reúne peritos, o Presidente da República e membros do Governo.
O coordenador adiantou ainda que há um conjunto de vacinas que vão chegar quase no fim do segundo trimestre, que só poderão ser utilizadas já no terceiro trimestre.
“Esse conjunto de vacinas é um conjunto considerável, são cerca de 1,5 milhão de vacinas”, adiantou na reunião do Infarmed, a primeira a ser realizada depois do fim do estado de emergência.
Segundo dados divulgados por Gouveia e Melo, já foram administradas até quarta-feira em Portugal continental 5,2 milhões de vacinas, das quais 1,8 milhões já são segundas doses com a composição das vacinas da Pfizer, da Moderna, da Astra e da Johnson & Johnson.
Anunciou ainda que “é natural que no fim desta semana” se consiga atingir mais de 85% de pessoas vacinadas na faixa dos 60 aos 69 anos e cerca de 40% nas pessoas dos 50 aos 59 anos, o que, segundo o responsável, significa “uma elevada proteção em termos do que foram as faixas que contribuíram estatisticamente para os internamentos e os óbitos no último ano” de pandemia.
Gouveia e Melo disse ainda que quando se chegar a cerca de dois terços de uma faixa etária plenamente vacinada, começa-se “a sentir alguma resistência” para encontrar pessoas, porque começa a diminuir o ritmo de encontrar as pessoas para o processo de vacinação.
“A experiência tem-nos dito que temos que abrir a faixa de baixo para manter o ritmo de vacinação em ritmos elevados. É isto que o plano faz”, explicou
As “boas notícias”, disse, é que “se tudo correr bem”, se a disponibilidade de vacinas se mantiver, a partir de 06 de junho começa-se a vacinar com agendamento local a faixa dos 40 anos.
“A partir da última semana de junho a faixa dos 30 anos, estimando acabar esta faixa dos 30 anos, que corresponde grosso modo a 70% da população vacinada com uma primeira dose, entre a primeira e a segunda semana de agosto”, salientou, lembrando que, a 08 de agosto, 70% da população deverá estar vacinada com a primeira dose se se mantiver a disponibilidade das vacinas.
LUSA/HN
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