Gupta advertiu que, embora o número total de novas infeções seja relativamente baixo devido, em parte, ao programa de vacinação, os casos positivos estão a crescer “exponencialmente” e “pelo menos três quartos deles são da nova variante”.
Face à perspetiva de uma nova vaga de infeções, o microbiologista aconselhou adiar “algumas semanas” o levantamento de todas as medidas restritivas que o Governo britânico tinha planeado passar até 21 de junho.
“Se olharmos para os custos e benefícios do que aconteceria se nos enganássemos, penso que é claramente a favor de optarmos por um atraso”, defende Gupta.
Adam Finn, do Comité Conjunto de Vacinação e Imunização, lamentou que as pessoas estivessem fixadas no levantamento das restrições, no dia 21 de junho, quando o vírus “precisa de se adaptar” a uma situação “dinâmica”.
“No passado, tomámos decisões quando era demasiado tarde, adiámo-las, e acabámos com grandes vagas de contágio”, recordou Finn.
O secretário de Estado do Ambiente, George Eustice, reiterou que o Governo decidirá, no dia 14 de junho, se vai levantar ou não as restrições e acrescentou que “nada está excluído”.
Eustice planeia também, no dia 07 de junho, rever a lista “verde” de países que considera como destinos de viagem seguros.
De acordo com dados de domingo, o Reino Unido registou, em 24 horas, 3.240 novas infeções, mais 26,8% do que na semana passada, com 6 mortes, um aumento de 42,9%.
Desde o início da pandemia, em março do ano passado, o país contabilizou 4,48 milhões de casos positivos e 127.781 mortes, enquanto 25,3 milhões de cidadãos já receberam duas doses da vacina.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.543.125 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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