Primeiro-ministro admite que Final da Champions “não correu bem”, mas evitar falar de “consequências políticas”

31 de Maio 2021

O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu esta segunda-feira que “não correu tudo bem” com a final e os festejos da Liga dos Campeões de futebol, no Porto, mas não respondeu se havia consequências políticas a retirar.

“Manifestamente não correu tudo bem”, afirmou António Costa, admitindo que “o que aconteceu este fim de semana não pode servir de exemplo” e terá que “servir de lição”.

Segundo cálculo do chefe do Governo, 80% dos adeptos do Manchester City e Chelsea deslocaram-se em bolha do Reino Unido até o Porto e pediu que não se confundam os adeptos com os turistas, britânicos, que podem entrar no país.

Questionado se gostou de ver imagens de adeptos britânicos, durante a semana anterior, na baixa da cidade, alguns sem medidas de precaução contra a epidemia de Covid-19, Costa admitiu que não, mas afirmou que elas “foram repetidas em ‘loop’, criando a ilusão que eram continuadas”.

No final das declarações que prestou aos jornalistas no parlamento, Costa ainda foi questionado sobre as consequências políticas dos acontecimentos, tanto nos festejos incontrolados no Porto, no sábado, como em Lisboa quanto adeptos do Sporting festejaram o campeonato.

“Há sempre lições a tirar”, disse apenas, sem responder diretamente à pergunta das consequências políticas, no parlamento, em Lisboa, depois de participar numa reunião da COSAC (Conferência dos Órgãos Especializados em Assuntos da União dos Parlamentos da União Europeia).

A final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Chelsea, decorreu no Porto, no sábado, num jogo com a presença de adeptos ingleses, que durante os últimos dias estiveram aglomerados no centro da cidade, a maioria sem cumprir as regras ditadas pela pandemia de Covid-19, como o uso de máscara e o distanciamento físico.

LUSA/HN

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