Tendo em conta que 60% de todas as novas infeções são transmitidas de animais a humanos, incluindo a Covid-19, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, quer alcançar um compromisso para melhorar a identificação precoce de potenciais riscos para evitar a propagação de doenças.
O objetivo é reduzir o risco de pandemias e ameaças emergentes à saúde com nexo de causalidade em fatores animais, plantas ou ambientais, reforçando a colaboração internacional na partilha de informações.
“Precisamos fazer melhor uso dos avanços na nossa capacidade de recolher, analisar e partilhar dados de saúde em todos os aspetos da vida, permitindo uma colaboração mais rápida para responder às ameaças à segurança da saúde e impedir doenças em desenvolvimento”, disse Hancock, num comunicado.
O Governo britânico tem este ano a programa da presidência rotativa do Reino Unido do grupo das sete economias mais industrializadas: Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA, juntamente com a União Europeia (UE).
A reunião dos ministros da Saúde do G7 vai decorrer presencialmente até dia 04 na Universidade de Oxford, local onde foi desenvolvida uma das vacinas anti-Covid-19, em parceria com o laboratório anglo-sueco AstraZeneca.
No encontro também vão interagir virtualmente os países convidados da presidência britânica do G7, como a Índia, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul.
A reunião acontece uma semana antes da cimeira de líderes do G7 na Cornualha, no sudoeste de Inglaterra, que decorre entre 11 e 13 de junho, na qual o acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19 deverá ser um dos principais temas na agenda.
Em paralelo, o ministro da Saúde britânico e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Domici Raab, publicaram hoje um novo relatório sobre o progresso do G7 para melhorar a saúde global nos países em desenvolvimento.
O Relatório Carbis Bay mostra que, desde 2015, os membros do G7 ajudaram a expandir o acesso às vacinas, apoiaram os países em desenvolvimento na formação, recrutamento e retenção de profissionais de saúde e ajudaram mais de 70 países a combater epidemias de doenças infecciosas.
LUSA/HN
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