Vladimir Putin disse que ordenou ao Governo a “criação de condições” necessárias para receber estrangeiros no prazo de um mês.
De acordo com o chefe de Estado, os estrangeiros interessados vão ter de pagar para se vacinarem.
As posições de Putin foram transmitidas durante uma intervenção que decorreu no Fórum Económico Internacional, em São Petersburgo.
Por outro lado, apelou aos russos a vacinarem-se “gratuitamente” contra a doença.
“A vacina russa é conhecida como a mais segura”, disse Putin acrescentando que apenas 10% da população mundial está inoculada até ao momento.
“Centenas de milhares de pessoas não têm acesso às vacinas”, disse.
“Enquanto não tivermos um acesso generalizado às vacinas (…) em todos os continentes, o risco epidémico não vai desaparecer”, afirmou ainda o chefe de Estado russo.
O ritmo da vacinação na Rússia é muito baixo devido à desconfiança da população em relação às vacinas desenvolvidas no país.
De acordo com uma sondagem realizada em abril, pelo instituto Levada, mais de 60% dos russos interrogados não querem vacinar-se, apesar de o número de novas contaminações não baixarem no país há várias semanas.
Em 2020, a Rússia foi o primeiro Estado do mundo a anunciar a aprovação de uma vacina contra o SARS-CoV-2, batizada com o nome Sputnik-V, antes mesmos de concluídos os ensaios clínicos ao composto.
Duas outras vacinas russas foram entretanto autorizadas pelas autoridades, além de uma versão ‘ligeira’ da Sputnik V, que é administrada numa só dose.
A Rússia é um dos países mais afetados pela pandemia.
De acordo com a agência de estatísticas Rosstat, registam-se 250 mil mortos desde março, um número muito superior ao que tem sido divulgado pelos balanços oficiais.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.704.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 172 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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