OMS considera dececionante eficácia de vacina CureVac

18 de Junho 2021

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou esta sexta-feira dececionantes os resultados de eficácia da vacina candidata para a Covid-19 da empresa biofarmacêutica alemã CureVac, embora ressalvando que nem sempre os ensaios clínicos são bem-sucedidos.

“Os resultados são inferiores ao limite dos 50% que tínhamos fixado, pelo que é dececionante”, afirmou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, na habitual videoconferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Novos dados preliminares sobre a vacina candidata da CureVac revelam que previne a doença Covid-19 com uma eficácia de 47%, apesar de assentar na mesma tecnologia (ARN mensageiro) das vacinas dos laboratórios Moderna e Pfizer/BioNTech, que apresentam uma eficácia substancialmente maior, acima dos 90%.

Soumya Swaminathan advertiu que “nem todas as vacinas vão ter resultados iguais” durante o seu desenvolvimento e que nem todas as vacinas baseadas na tecnologia do ARN mensageiro “vão responder da mesma forma”. Os maus resultados de ensaios clínicos de vacinas “são algo normal”, assinalou.

“Na verdade, temos sido muito afortunados em possuir tantas vacinas bem-sucedidas”, apontou, defendendo que é preciso “continuar a apoiar a investigação” de novas vacinas contra a Covid-19, “em particular as de uso mais fácil”, por exemplo as que possam ser injetadas uma única vez ou administradas por via oral.

A vacina candidata da empresa alemã CureVac, com a qual a Comissão Europeia contratualizou doses e que consta no plano de vacinação português, oferecia inicialmente certas vantagens, de acordo com a cientista-chefe da OMS, como o facto de poder ser armazenada sem necessidade de temperaturas ultracongeladas.

A pandemia da Covid-19 provocou, pelo menos, 3.844.390 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal morreram 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, tipo de vírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

LUSA/HN

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