Segundo o anúncio dos organizadores, as autoridades nipónicas manterão o direito de realizar as competições, espalhadas por diversos locais na capital, à porta fechada no caso de um novo surto de Covid-19.
Os locais de competição poderão ter até dez mil espectadores admitidos ou até 50% da sua lotação máxima.
A decisão, tomada ‘à revelia’ dos avisos de vários especialistas que defendiam bancadas vazias, foi tomada após uma reunião que juntou o Governo japonês, o Comité Organizador, o governo da cidade de Tóquio e responsáveis do Comité Olímpico Internacional (COI) e do Comité Paralímpico Internacional (CPI).
De resto, só público do Japão poderá assistir às provas em pavilhões e estádios, uma vez que já tinha sido tomada a decisão de não deixar entrar qualquer adepto no país durante o evento, que arranca em 23 de julho.
O anúncio da presença de público acontece no dia em que é levantado o estado de emergência em Tóquio e outras regiões metropolitanas daquele país, passado um período mais complicado na gestão pandémica.
Ainda assim, mantêm-se em vigor restrições para prevenir contágios, sobretudo nas regras relativas a bares e restaurantes, num país com uma taxa de vacinação lenta e um número total de infeções relativamente baixo.
A população japonesa, e a da zona metropolitana de Tóquio, tem-se manifestado largamente contra a realização dos Jogos Olímpicos, de 23 de julho a 08 de agosto, com vários apelos também da comunidade médica, com Governo e COI determinados em manter o evento, adiado para este ano, como planeado.
Apesar de o cancelamento ou novo adiamento ainda reunir uma maioria, uma nova sondagem, realizada pelo diário Asahi Shimbun e hoje revelada, mostra que o número de japoneses que aceitam a realização dos Jogos subiu.
Um terço dos inquiridos apoia Tóquio2020 já este verão, comparado com 14% na mesma sondagem em maio.
LUSA/HN
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