Estudo alerta que alívio de restrições na Índia pode piorar a pandemia no país

24 de Junho 2021

Um alívio das medidas restritivas na Índia pode piorar a situação pandémica no país, concluiu um estudo realizado pela Oxford Economics sobre o contágio do vírus no segundo país mais populoso no mundo.

O estudo defende que o levantamento das restrições “não é prudente e pode resultar num novo aumento das infeções”, o que levaria a um ”reaperto das restrições no futuro”.

Segundo a empresa de consultoria Oxford Economics, as taxas de vacinação na Índia estão “muito abaixo dos níveis considerados seguros” para levantar as restrições, apesar do “rápido declínio dos casos de Covid-19” no país.

A situação da campanha de vacinação da Índia varia dentro do país, onde a maioria dos estados mais importantes economicamente, como Maharashtra, Tamil Nadu, Utar Pradexe e Bengala Ocidental, ainda não atingiram “níveis seguros de vacinação”, de acordo com o relatório publicado hoje.

O estudo refere também a importância do cuidado a ter com a variante Delta do SARS-CoV-2, uma vez que é mais transmissível, um fator que altera as previsões estatísticas que os Governos usam para determinar o reforço ou alívio de medidas restritivas.

A Oxford Economics alerta que, até o dia 22 de junho, apenas 3,9% da população indiana foi administrada com as duas doses da vacina, o que concluiu um “progresso lento” na campanha de vacinação no país.

O relatório conclui por aconselhar um alívio mais lento das restrições, de forma a não comprometer a segurança e a saúde dos cidadãos.

A Índia regista mais de 390 mil mortos provocados pela pandemia, com mais 30 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com dados Ministério da Saúde indiano.

A Índia viveu uma segunda vaga devastadora da pandemia, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia, muito por causa da variante Delta, mas a curva de contágio tem vindo a descer.

Ainda assim, a Índia é o segundo país com mais casos a nível mundial, depois dos Estados Unidos, e o terceiro país do mundo com mais mortes devido à Covid-19, depois dos EUA e Brasil, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

OMS alcança acordo de princípio sobre tratado pandémico

Os delegados dos Estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram este sábado, em Genebra, a um acordo de princípio sobre um texto destinado a reforçar a preparação e a resposta global a futuras pandemias.

Prémio Inovação em Saúde: IA na Sustentabilidade

Já estão abertas as candidaturas à 2.ª edição do Prémio “Inovação em Saúde: Todos pela Sustentabilidade”. Com foco na Inteligência Artificial aplicada à saúde, o concurso decorre até 30 de junho e inclui uma novidade: a participação de estudantes do ensino superior.

Torres Novas recebe IV Jornadas de Ortopedia no SNS

O Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia da ULS Médio Tejo organiza as IV Jornadas dos Centros de Responsabilidade Integrados na área da Ortopedia este sábado, 12 de abril, no Teatro Virgínia, em Torres Novas. O evento reúne especialistas nacionais e internacionais.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights